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Reportagens Especiais

Crimes em família chocaram e foram de desespero de mãe à roleta russa

Viviane Oliveira | 29/12/2014 11:17
Edson  de camisa vermelha, mostra durante reconstituição como foi o crime. (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)
Edson de camisa vermelha, mostra durante reconstituição como foi o crime. (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)

Crimes de homicídio envolvendo crianças chocam em qualquer parte do mundo, ainda mais quando o caso está relacionado com alguém da família, que em tese deveria proteger. O ano de 2014 foi marcado por grandes tragédias familiares em Mato Grosso do Sul.

Em maio, um crime bárbaro chocou a cidade de Coronel Sapucaia, com pouco mais de 14 mil habitantes. O mecânico Edson da Silva, 34 anos, provocou incêndio na conveniência em que morava e matou seis pessoas da família dele, entre elas três crianças. Antes de atear fogo no estabelecimento, Edson usou um pedaço de madeira para golpear as vítimas na cabeça.

O fogo destruiu o estabelecimento e matou a proprietária, Rosângela dos Santos, 53 anos, e os dois filhos dela, Alessandro dos Santos, 18 anos, e Vanusa dos Santos, 27 anos, que era esposa de Edson. Também morreram os filhos de Vanusa: Tiago, 10 anos, Sabrina, 5 anos, e Estephanie, 9 meses. Os dois menores eram filhos do mecânico. Edson confessou que cometeu o crime depois de brigar com a esposa por causa de ciúmes.

Outro crime em família causou comoção, em Paranaíba. No dia 10 de junho, Luzia Marques de Souza Cavalcante, 38 anos, matou a filha, Sara de Souza Cavalcante, 14 anos, tentou matar a outra filha, Saila de Souza Cavalcante, 8 anos, e depois cometeu suicídio, se enforcando com o fio de secador, amarrado à grade de uma janela.

Ela tentou usar o fio para enforcar as filhas também. As meninas pediram por socorro e chegaram a ser levadas para o hospital, onde a mais velha morreu. No imóvel, havia rastro de sangue que levou a polícia até a mãe, achada morta no quarto.

À Polícia Civil, os familiares disseram, que Luzia tinha distúrbios psicológicos e comportamento agressivo. A tragédia aconteceu na casa onde as três moravam, na rua Geraldo Rodrigues Lopes, no bairro Santo Antônio.

Menos de 24h depois, no dia 11 de junho, outra tragédia envolvendo mãe e filho aconteceu, dessa vez, em São Gabriel do Oeste. Ana Maria Mota Ramos Filha, 33 anos, matou o filho, José Luis Ramos da Silva, 12 anos, e cometeu suicídio em seguida. O crime aconteceu em um dos quartos da casa da família, na Rua Bem-Te-Vi, no Jardim Gramado.

Os corpos foram encontrados dentro de um quarto pelo marido da mulher e pai do garoto, em São Gabriel do Oeste. (Foto: Idest)
Os corpos foram encontrados dentro de um quarto pelo marido da mulher e pai do garoto, em São Gabriel do Oeste. (Foto: Idest)

Os corpos foram encontrados no fim da manhã de uma quarta-feira, pelo marido da mulher e pai do menino. O adolescente foi estrangulado pela mãe e desmaiou, em seguida Ana Maria cortou os pulsos e abriu o gás da cozinha. Os dois morreram asfixiados.

O garoto estava com suspeita de câncer e o resultado do diagnóstico ficaria pronto na tarde do mesmo dia do crime. Os parentes contaram à polícia que Ana Maria sempre dizia que preferia morrer e ver o filho morto a ter que enfrentar a doença.

Não dá para acreditar, mas novamente em Coronel Sapucaia, um pai de 31 anos, matou o filho em uma brincadeira de roleta russa na tarde do dia 6 de dezembro, no Bairro Vila Nova. A tragédia ocorreu durante a visita de fim de semana do garoto, de 4 anos.

Embriagado, José Ladi Villagra Barbosa, puxou o gatilho uma vez contra a enteada de 17 anos e em seguida contra a criança, Gleydson Villagra Rodrigues, quando houve o disparo. O tiro de calibre 38 atingiu o peito do menino, que morreu no local. José escondeu o corpo em uma mata de difícil acesso e a criança só foi encontrada 16 horas após o crime. José era separado da esposa e o menino não morava com ele. Gleydson havia ido visitar o pai no fim de semana.

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