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Interior

BNDES nega concessão de empréstimos sem garantias à usina de Bumlai

Localizada em Dourados, usina São Fernando tem diversos pedidos de falência

Elci Holsback e Hélio de Freitas | 29/11/2016 18:53
BNDES teria concedido empréstimos sem garantia a Bumlai (Foto: Divulgação/Agência Brasil)
BNDES teria concedido empréstimos sem garantia a Bumlai (Foto: Divulgação/Agência Brasil)

Após bloqueio de bens do ex-presidente da entidade, Luciano Coutinho, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) nega, que haja irregularidade na concessão empréstimos à Usina São Fernando, localizada em Dourados - distante 233 Km de Campo Grande.

A empresa pertence a José Carlos Bumlai, um dos réus na Operação Lava Jato. "Não houve dispensa de garantia na concessão de financiamento ao empreendimento, tendo os créditos do BNDES sido regularmente inscritos no processo de recuperação judicial com respaldo nessas mesmas garantias", defende o banco em nota emitida nesta tarde.

A Usina acumula diversos pedidos de falência, inclusive junto ao BNDES. Reportagem publicada nesta segunda-feira (28) pelo Campo Grande News apresentou detalhes sobre a determinação da Justiça de Dourados que, por meio do MPF (Ministério Público Federal) bloqueou os bens do ex-presidente do banco, Luciano Coutinho e de outras 19 pessoas, entre elas, membros da diretoria do BNDES. Os bens e recursos financeiros dos réus no processo somam R$ 665 milhões. Na semana passada a defesa entrou com recurso para desbloquear os bens, mas a Justiça manteve a indisponibilidade dos valores.

Foram citados no processo: a então diretora do BNDES, Claudia Pimentel Prates, Gil Bernardo Borges Leal, Carlos Eduardo de Siqueira Cavalcanti, Maurício dos Santos Neves, Júlio César Maciel Raimundo, Plínio Bastos de Barros Netto, Bernardo Bueno Bastos de Barros, Maria Alves Felippe, Anita Rabaca Feldman, Victor Emanoel Gomes de Moraes, Armando Mariante Carvalho Júnior, Gustavo Lellis Pacifico Peçanha, Daniel Schaefer Denys, Renata Soares Baldanzi Rawet, Evandro da Silva, Luiz Fernando Linck Dorneles, João Carlos Ferraz, Eduardo Teixeira e Borges e Anna Clements Mannarino.

O banco alega que a diretoria da entidade, empossada em junho de 2016, não mantém em seu quadro, diretora ou membros com bens bloqueados. "Claudia Pimentel Prates ingressou no Banco em 1992, por meio de concurso público. A economista exerceu diversas funções no BNDES até ser nomeada diretora, pela primeira vez, em junho de 2016, pela nova administração do Banco, ocasião em que o bloqueio de bens ainda não tinha ocorrido", apresenta a nota.

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