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Interior

Brasileiros foram sequestrados em MS e só paraguaio levado de cassino

Gerente do Cassino Guarani, a brasileira Norma Aponte, está presa

Helio de Freitas, de Dourados | 27/11/2020 09:19
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani, onde um dos quatro mortos foi sequestrado (Foto: Marciano Candia/Última Hora)
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani, onde um dos quatro mortos foi sequestrado (Foto: Marciano Candia/Última Hora)

A investigação da Polícia Nacional do Paraguai mostra até agora que apenas um dos quatro homens encontrados mortos ontem (26) em uma cova rasa na fronteira foi levado do Cassino Guarani, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

O paraguaio Cristhian Gustavo Torales Alarcón, 31, era motorista do cassino e estava no local de trabalho na noite de segunda-feira (23) quando foi levado pelos sequestradores.

O carro dele, um Toyota Etios branco com placa do Paraguai, foi encontrado em chamas na manhã do dia seguinte, na Colônia Maffusi. A mulher de Alarcón foi a única a procurar a polícia para denunciar o desaparecimento do marido.

Segundo o apurado até agora pelos policiais paraguaios, os brasileiros Riad Jamil Oliveira Salem, 19, Muryel Moura Correia, 36, e Felipe Bueno, cuja idade não foi informada, foram sequestrados em pontos diferentes em Ponta Porã.

O carro de Muryel, um Volkswagen Polo azul com placa de Mato Grosso do Sul, foi encontrado queimado em uma estrada vicinal que liga Pedro Juan Caballero ao distrito de Sanja Pytã, bem ao lado do território brasileiro.

Muryel e Riad eram sobrinhos da segunda mulher do empresário Fahd Jamil, o “Fuad”, considerado por 30 anos o “rei da fronteira”. O cassino de onde Gustavo foi levado seria do filho de Fahd, Flavinho Correia Jamil, primo de Riad e Muryel.

Levados para local ainda desconhecido, os quatro foram barbaramente torturados, segundo pessoas que estiveram no local onde os corpos foram encontrados.

Todos estavam com sacos de plástico na cabeça e possuíam vários ferimentos. De acordo com a ocorrência da Polícia Nacional, o médico forense Gustavo Galeano constatou enforcamento como causa provável das mortes.

Gerente presa – A gerente do Cassino Guarani, a brasileira Norma Suellen Mendes Couto Aponte, foi presa durante buscas da polícia ao local, ontem ao meio-dia. Ela é acusada de não denunciar o sequestro de Gustavo Alarcón e vai passar por audiência para depoimento nesta sexta-feira.

De acordo com o promotor Álvaro Rojas, ela passou mal ontem e teve de ser internada em hospital da cidade, onde permanece com escolta policial.

Por enquanto existem apenas especulações sobre os autores da chacina. As duas principais versões apontam uma vingança contra Flavinho Jamil ou ataque da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Saiba mais sobre esse crime seguindo o Campo Grande News no Facebook. Clique aqui. -

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