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Interior

Polícia faz buscas em cassino de Fahd Jamil e apreende imagens de câmeras

Os quatro homens achados mortos hoje foram sequestrados do Cassino Guarani

Helio de Freitas, de Dourados | 26/11/2020 14:07
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani (Foto: Marciano Candia/Última Hora)
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani (Foto: Marciano Candia/Última Hora)

Em atitude rara, a Polícia Nacional do Paraguai já iniciou as investigações sobre a chacina de quatro homens ligados ao “rei da fronteira” Fahd Jamil, o “Fuad”. Os corpos foram encontrados na manhã de hoje (26) enterrados em uma cova rasa a 20 km de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Por volta de meio-dia, policiais paraguaios foram até o cassino Guarani, na Linha Internacional com Ponta Porã, de onde as vítimas foram sequestradas na noite de segunda-feira (23).

Riad Salem Oliveira (Foto: Reprodução)
Riad Salem Oliveira (Foto: Reprodução)

O Campo Grande News apurou que os policiais estavam atrás das imagens das câmeras de segurança. A gerente do cassino, identificada como Glória, foi presa por não ter denunciado o sequestro.

Fontes da fronteira afirmam que o cassino pertence à família Jamil, mas estaria registrado em nome de outras pessoas.

Na noite de segunda, homens armados invadiram o local e levaram os brasileiros Felipe Bueno, Riad Salem Oliveira e Muriel Moura Carneiro Correia. Os dois últimos eram sobrinhos de uma das mulheres de Fahd Jamil. Felipe era filho de um professor de Ponta Porã.

Os pistoleiros também levaram o motorista do cassino, o paraguaio Cristian Gustavo Torales Alarcón. Segundo fontes da fronteira, além de trabalhar para o cassino, ele fazia serviços particulares para o filho de Fahd, Flavinho Jamil Georges.

O Toyota Etios branco com placa do Paraguai e o Polo azul com placa de Ponta Porã, encontrados em chamas na terça-feira de manhã, estavam com os quatro sequestrados. O Polo era registrado em nome do pai de Muriel.

Cristian Gustavo Torales Alarcón (Foto: Reprodução)
Cristian Gustavo Torales Alarcón (Foto: Reprodução)

De acordo com a Polícia Nacional, os quatro foram torturados e executados com tiros na cabeça. A reportagem apurou que os pistoleiros queriam pegar Flavinho, mas como não o encontraram no cassino, levaram seus funcionários.

Os corpos de Riad, Felipe e Muriel estão sendo velados na capela da empresa Pax Primavera, na Avenida Brasil. O velório de Gustavo ocorre em Pedro Juan Caballero.

Até agora não há pistas dos criminosos. Existem duas hipóteses para a chacina. Uma delas seria uma briga entre Flavinho com o parente de outro bandido da fronteira, durante festa de aniversário.

Outra versão envolve a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que estaria aproveitando o momento de enfraquecimento da quadrilha de Fahd Jamil para atacar o “ex-rei da fronteira”.

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