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Interior

Segurança é reforçada após matança na fronteira

Quatro homens ligados a Fahd Jamil foram assassinados, o que pode desencadear reação violenta

Ângela Kempfer | 26/11/2020 14:54
Parícia paraguai em local onde corpos foram encontrados.(Foto: Marciano Candia/Última Hora)
Parícia paraguai em local onde corpos foram encontrados.(Foto: Marciano Candia/Última Hora)

Garras e esquipes da Polícia Militar do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Choque, estão reforçando o efetivo na fronteira diante dos assassinatos de 4 homens ligados ao empresário Fhad Jamil. Com histórico de vinganças sangrentas, a medida foi adotada para garantir a segurança na região.

Nesta quinta-feira, 4 corpos foram encontrados na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

O Garras já investiga Fhad Jamil na Omertà, operação deflagrada contra grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul. Fhad e o filho dele, Flávio Correia Jamil Georges, hoje são considerados foragidos.

A chegada do grupo e da PM seria para evitar que "a violência ultrapasse os limites da fronteira e venham para o lado brasileiro". Essa onda de criminalidade já ocorreu depois da execução de Jorge Rafaat, em 2016.

A disputa pelo comando do crime organizado na fronteira se acirrou desde a morte dele, assassinato que teria aberto espaço para o PCC se consolidar na região.

Mais corpos - Entre os mortos desta semana, 3 são brasileiros. Entre as vítimas estão dois parentes de Fhad, apontado como "Rei da Fronteira" e acusado de dominar há décadas o tráfico de drogas e de armas na região. Riad Salem Oliveira e Muriel Moura Carneiro Correia são sobrinhos de uma das mulheres de Fahd.

Também foram assassinados Felipe Bueno  e o paraguaio Cristian Gustavo Torales Alarcón, motorista do cassino Guarani, onde os quatro foram sequestrados na noite de segunda-feira (23).  Parentes de Felipe chegaram a postar "luto" nas redes sociais, mas segundo investigação, tiveram de tirar o post do ar a mando dos responsáveis pelo crime

Os corpos estavam enterrados em uma cova rasa, uns sobre os outros, perto de uma lavoura de soja na Colônia 204, a 20 quilômetros do centro de Pedro Juan Caballero.



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