Segurança é reforçada após matança na fronteira
Quatro homens ligados a Fahd Jamil foram assassinados, o que pode desencadear reação violenta
Garras e esquipes da Polícia Militar do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Choque, estão reforçando o efetivo na fronteira diante dos assassinatos de 4 homens ligados ao empresário Fhad Jamil. Com histórico de vinganças sangrentas, a medida foi adotada para garantir a segurança na região.
Nesta quinta-feira, 4 corpos foram encontrados na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
O Garras já investiga Fhad Jamil na Omertà, operação deflagrada contra grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul. Fhad e o filho dele, Flávio Correia Jamil Georges, hoje são considerados foragidos.
A chegada do grupo e da PM seria para evitar que "a violência ultrapasse os limites da fronteira e venham para o lado brasileiro". Essa onda de criminalidade já ocorreu depois da execução de Jorge Rafaat, em 2016.
A disputa pelo comando do crime organizado na fronteira se acirrou desde a morte dele, assassinato que teria aberto espaço para o PCC se consolidar na região.
Mais corpos - Entre os mortos desta semana, 3 são brasileiros. Entre as vítimas estão dois parentes de Fhad, apontado como "Rei da Fronteira" e acusado de dominar há décadas o tráfico de drogas e de armas na região. Riad Salem Oliveira e Muriel Moura Carneiro Correia são sobrinhos de uma das mulheres de Fahd.
Também foram assassinados Felipe Bueno e o paraguaio Cristian Gustavo Torales Alarcón, motorista do cassino Guarani, onde os quatro foram sequestrados na noite de segunda-feira (23). Parentes de Felipe chegaram a postar "luto" nas redes sociais, mas segundo investigação, tiveram de tirar o post do ar a mando dos responsáveis pelo crime
Os corpos estavam enterrados em uma cova rasa, uns sobre os outros, perto de uma lavoura de soja na Colônia 204, a 20 quilômetros do centro de Pedro Juan Caballero.