Ele não corria 100 metros com 128 kg, mas se reeducou e hoje corre 18 km
Edgar chegou a pesar 128 kg e encontrou na reeducação alimentar e na corrida os meios para mudar de vida
Há um ano, Edgar Martins mal conseguia correr 100 metros. Hoje, aos 32 anos e em processo de emagrecimento, o autônomo se prepara para encarar seu maior desafio até agora: completar os 21 km de uma meia maratona, prova que acontece neste domingo, em Campo Grande.
Empenhado em um novo estilo de vida, Edgar já perdeu 32 kg e transformou a rotina, que agora tem fôlego de atleta. “Eu cheguei ao meu maior peso, 128 kg. Já vinha sentindo há anos que precisava mudar, mas foi em maio do ano passado que tomei a decisão”, relata.
A virada veio de forma consciente. Sem dietas mirabolantes ou restrições malucas. Ele procurou uma nutricionista e disse que queria perder peso de forma saudável, com reeducação alimentar. "Eu queria aprender a comer direito, não cortar tudo de uma vez e depois ter efeito sanfona", comenta.

Com acompanhamento profissional, Edgar entendeu os erros que cometia: tinha uma alimentação desregrada, com excesso de massas, fast food e falta de horários.
Hoje, ele conta que até come o que tem vontade, mas tudo com equilíbrio. “Agora eu sei como e quando comer”, relata.
Apesar da mudança na alimentação, foi a corrida o combustível que faltava para a virada de chave. A dica veio da nutricionista, que apresentou um projeto de iniciação esportiva no Parque dos Poderes.
“Era um grupo para quem nunca tinha corrido. Comecei a treinar em maio e coloquei como meta correr 8 km na Corrida do Pantanal, que aconteceu em outubro", detalha.
Antes da prova-alvo, vieram os primeiros desafios: 5 km na Corrida Sangue Bom, 7 km na Maratona de Campo Grande e, depois, os 8 km planejados. “Aí eu fui pegando gosto, comecei a colocar metas. Já corri 10, 14, 18 km e estou treinando para os 21 km, uma meta que nunca bati”, afirma.
Na mesma proporção da quilometragem, Edgar afirma que também viu crescer a confiança em si mesmo. “Há um ano eu não achava que conseguiria fazer uma prova de 5 km. Agora, estou prestes a correr 21. É gratificante demais cruzar a linha de chegada e ver que você venceu mais um desafio que achava impossível", avalia.
Além da superação física, o autônomo afirma que o novo estilo de vida também é um desafio diário no campo psicológico. “Tem dia que você não quer treinar, que não quer seguir dieta. Mas quando você entende que aquilo é pra cuidar da sua saúde física e mental, você segue em frente. A corrida me ajuda até com o estresse e os problemas da vida. É difícil, mas é possível”, conclui.
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