Briga por queda de energia pode ter motivado morte de homem na fronteira
Gerson Cardoso Escobar morreu após ser agredido e esfaqueado no coração por um grupo de 5 pessoas
Uma briga por queda de energia pode ter sido o motivo pela morte de Gerson Cardoso Escobar, 33 anos, na noite de sábado (10), em Ponta Porã, cidade a 313 quilômetros de Campo Grande. Em depoimento os amigos da vítima contaram a versão da discussão que antecedeu o crime. Autores confirmam briga, mas negam assassinato. Eles tiveram a prisão preventiva decretada.
De acordo com o depoimento dos amigos de Gerson, no dia do crime houve uma discussão entre Erminio Rosa Florenciano, 40 anos, e a vítima. O desentendimento teria sido causado após a energia da casa onde os cinco acusados estavam oscilar. Segundo o rapaz, o motivo teria sido o uso do chuveiro na residência dos autores.
Ele relata que chegou a ajudar os vizinhos a corrigir o mau contato nos fios, mas à noite a luz da casa voltou a oscilar. Neste momento, Gerson e um outro rapaz estavam na casa da testemunha e ele chegou a dizer que ouviu passos no telhado. O jovem conta que saiu para ver e realmente três pessoas estavam em cima da casa e seriam os vizinhos que desceram e ficaram ingerindo bebidas alcoólicas na calçada.
Os três amigos voltaram à residência e, segundo o relato, neste momento os vizinhos chamaram um deles e Ermínio deu um golpe em sua cabeça com o cabo de uma faca. Em seguida ele voltou para casa e contou para Gerson o que havia acontecido.
A vítima então saiu de casa com um cabo de vassoura e foi tirar satisfação com os vizinhos. Momento em que passou a ser agredido pelo grupo de cinco pessoas até ser esfaqueado na altura do coração e morrer. Em seguida, os autores fugiram, mas três deles acabaram presos pouco tempo depois.
Segundo as testemunhas, Ermínio foi o responsável pela facada, Derlis Santuchi Britez, 42 anos, e Felipe Santiago Florenciano seguraram a vítima para ser esfaqueada. Outros dois rapazes envolvidos no crime conseguiram fugir e estão sendo procurados.
Em depoimento, Felipe disse que houve uma briga generalizada e que um homem acabou sendo esfaqueado, mas não viu o momento e nem quem feriu Gerson. Derlis afirmou que estava dormindo e foi acordado pelo barulho da discussão e de pedras caindo no telhado da casa.
Ele conta que saiu para ver o que estava acontecendo e encontrou o grupo brigando, mas afirma que em nenhum momento participou da confusão. Além disso, alega que não viu ninguém ferido, muito menos morto. Já Ermínio optou em ficar em silêncio sobre o crime.
O trio passou por audiência de custódia na tarde deste domingo e a prisão preventiva foi decretada pelo juiz plantonista Mateus da Silva Camelier. Ele também determinou a retomada de um processo criminal contra Ermínio, mas que corre em segredo de Justiça.