Café é usado para disfarçar cheiro, mas polícia acha entreposto de maconha
Depósito na região oeste de Dourados era vigiado por ex-presidiário de 33 anos
Entreposto do tráfico foi descoberto hoje (28) por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) em uma casa no residencial Estrela Porã, na região oeste de Dourados (a 233 km de Campo Grande). O vigia do local foi preso.
Para tentar disfarçar o cheiro da maconha que estava armazenada na casa, os traficantes jogavam grande quantidade de pó de café nos cômodos – estratégia muito usada no transporte da droga nas estradas.
Carlos Henrique da Costa Pinto, 33, oriundo de Goiânia (GO), foi preso na casa. Residente no Jardim Itália, ele disse que tinha sido contratado para vigiar o entreposto. Carlos é ex-presidiário e saiu da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) há um ano depois de cumprir pena por tráfico.
No local foram apreendidos 454 de maconha e 62 de skunk, a chamada “supermaconha”. Segundo a investigação da Defron, o imóvel foi alugado exclusivamente para servir de entreposto da droga trazida do Paraguai e depois levada para outros estados brasileiros.
Na garagem da casa foi apreendido um gol Gol branco, adesivado como se fosse destinado para prestação de serviços mecânicos e elétricos de máquinas agrícolas.
Entretanto, segundo a Defron, trata-se apenas de artifício utilizado para evitar abordagens policiais, pois o carro era usado para transporte de drogas. Os bancos traseiros foram retirados.