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Interior

Caminhoneiros dão trégua e esperam que governo evite colapso no setor

Caroline Maldonado | 04/03/2015 08:53
Caminhoneiros querem postos específicos, para vistorias do Detran (Foto: Alcides Neto)
Caminhoneiros querem postos específicos, para vistorias do Detran (Foto: Alcides Neto)

Após onze dias de paralisações em rodovias, caminhoneiros resolveram dar trégua para esperar resposta do Governo do Estado quanto as reivindicações para redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, aumento do prazo de vistoria dos veículos e a instalação de postos específicos para o serviço; além de definição de tabela de preço de frete.

Com isso, as rodovias estaduais não têm bloqueios nesta manhã, segundo a PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual). Um dos manifestantes, o empresário Lúcio Lagemann, confirmou a liberação das estradas e informou que os transportadores aguardam reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta tarde.

“O setor entende que a trégua é um tempo para que os governantes acolham as solicitações e façam um estudo para normalizar a situação da classe, que está precária. Estamos a beira de um colapso”, comentou Lúcio, que participará, junto a um grupo de mais de 90 pessoas, de sessão na Assembleia Legislativa nesta manhã, em Campo Grande. “Hoje, vamos fazer uso da tribuna e apresentar todas as reivindicações, com uma comitiva de autônomos e empresários de São Gabriel do Oeste, Dourados e outros municípios”, disse.

Reivindicações – O setor quer que seja estendido o prazo das vistorias do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de 5 para 10 anos. Para que os motoristas não tenham que se deslocar até a sede do órgão estadual, eles sugerem a instalação de postos específicos nas cooperativas dos caminhoneiros em São Gabriel do Oeste e Campo Grande, de acordo com o diretor jurídico da Cotrapan (Cooperativa de Transportes do Estado de Ms), Carlos Lima.

Quanto ao ICMS do diesel, a solicitação é a redução da alíquota de 17% para 12%. Esse último percentual é o praticado em Estados, como Paraná e São Paulo. Na última quinta-feira (26), o governador disse que considera legítima a paralisação nacional promovida pelos caminhoneiros e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) realiza estudos para alterar o percentual, mas somente em junho definirá a redução do imposto.

Foi publicada, nesta terça-feira (3), a Lei dos Caminhoneiros, que atende reivindicações da categoria. O acordo foi a liberação das estradas em todo o país, com a sansão da lei, que altera carga horária, tempo de horas extras e intervalos; além de perdoar multas por excesso de peso dos caminhões recebidas nos últimos dois anos e mudar a responsabilidade sobre o prejuízo, entre outros.

Com isso, nenhuma estrada no país foi bloqueada nesta manhã. Representantes dos caminhoneiros esperam ainda uma reunião com a presidente na próxima terça-feira (10), em Brasília.

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