Carga de dinamite seria usada em resgate de presos do PCC na fronteira
Polícia paraguaia afirma que homem preso com explosivos mantinha contatos com membros da facção criminosa brasileira
A polícia paraguaia afirma ter encontrado indícios de que a carga de 75 quilos de dinamite apreendida domingo (26) seria usada em um plano de resgate de presos ligados à facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), encarcerados na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero.
Vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, a cidade paraguaia é uma das principais bases do crime organizado na Linha Internacional.
De acordo com o setor de investigações criminais da Polícia Nacional, o homem preso com os explosivos mantinha contato com membros da facção criminosa, conforme revelam mensagens encontradas no telefone celular dele.
A polícia também descobriu que o suspeito, Oscar Ortega, usou identidade falsa ao ser preso com a dinamite. Ele disse se chamar Emilio Ortega Arévalos, mas esse é o nome de seu irmão.
Policiais paraguaios afirmam que as mensagens trocadas por Oscar com supostos membros da quadrilha indicam que os explosivos seriam usados em um ataque ao presídio para resgatar líderes regionais da quadrilha que está em guerra com outras facções pelo controle do tráfico na Linha Internacional. O PCC teria pago R$ 37 mil pelas 54 bananas de dinamite.
O comissário geral Rafael Gonzales diz que a polícia ainda não tem os nomes dos integrantes da facção que seriam resgatados, mas reconhece que há algum tempo há boatos sobre suposto regate no presídio local.