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Interior

Chefe de presídio acusado de assediar colegas de trabalho será transferido

As denúncias seguem sob apuração da Corregedoria-Geral da Agepen

Viviane Oliveira | 27/08/2021 09:12
Fachada de Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí. (Foto: Divulgação) 
Fachada de Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí. (Foto: Divulgação) 

Denunciado por colegas de trabalho por assédio sexual e importunação sexual, o servidor identificado apenas como Nilson, de 50 anos, que cumpre cargo de chefe de Disciplina e Vigilância na Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, será transferido de unidade nos próximos.

As denúncias seguem sob apuração da Corregedoria-Geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). "Ele será transferido de unidade penal até a finalização da apuração do ocorrido", segundo informou o órgão, por meio da assessoria de imprensa.

Cansadas de ouvirem comentários com conotação sexual, duas servidoras procuraram a Polícia Civil para denunciar o colega de trabalho por importunação, violência psicológica contra a mulher e assédio sexual. Os relatos são idênticos, mas começaram em datas diferentes: em 2018 e 2019.

Uma das vítimas de 38 anos foi transferida para a cidade há cerca de três anos. Desde então, precisa conviver com as "cantadas" do colega. Segundo o relato, Nilson sempre aproveitava sua função dentro do presídio para fazer comentários sexuais. Frases prontas como "você é meu sonho de consumo, me dá uma chance" e adjetivos relacionados ao corpo da colega, eram frequentemente usados por ele. A servidora foi a primeira a registrar boletim de ocorrência, no dia 20 de agosto.

Dois dias depois, a segunda vítima foi a polícia. A mulher de 30 anos revelou que não ficou livre dos comentários do colega, nem quando estava grávida. Durante a gestação, ouviu que havia engordado, mas que, com ar malicioso, comentava que um dia "voltaria ao normal". Foram meses passando pela situação, até na frente de outros colegas.

Após ter o bebê, o assédio piorou. Os comentários em relação ao seu corpo se intensificaram ao ponto da vítima ser acusada de chamar atenção dos presos com as roupas que vestia e ser proibida de acessar determinado setor da unidade. Na ocasião, ela foi até o diretor acompanhada de um colega, testemunha do crime, mas diz que foi desacreditada por ele.

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