Chefes de facção brasileira estão entre fugitivos de presídio no Paraguai
Dois foragidos cumpriam pena por massacre em presídio perto da fronteira com MS
Líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) estão entre os 35 presos que fugiram ontem (7) da Penitenciária Regional de Misiones, na fronteira do Paraguai com a Argentina. A cadeia fica a 600 km da linha internacional com Mato Grosso do Sul e a 100 km de Ayolas, cidade conhecida pelo turismo pesqueiro.
Dois dos fugitivos foram condenados pelo massacre de dez presos ocorrido no presídio de San Pedro (a 100 km de Paranhos), em junho de 2019. Víctor Manuel Roa está condenado a 40 anos e Edilson Silva Dacruz a 25 anos de prisão pelo massacre.
Também fugiu José Luis Durán Bobadilla, 27, apontado como principal suspeito de assalto e posterior assassinato do policial Santiago Figueredo, ocorridos em setembro de 2021, na capital Asunción.
Outros fugitivos importantes, chamados no Paraguai de “pés gordos”, são os assaltantes de carro-forte Eliodoro Paniagua Medina, Matías Moisés Olmedo Orzuza e Ángel Dionicio Trinidad Ayala, o “Toto´i”.
Segundo o jornal paraguaio Última Hora, outro bandido com posição importante na hierarquia da facção criminosa está Ever Hugo Moreira Álvarez, envolvido no ataque a uma distribuidora de jornais e ao roubo contra uma cooperativa na capital paraguaia, em 2009.
Outros assaltantes que conseguiram fugir são Odilio Domínguez Márquez, envolvido em assalto a banco que terminou com policial assassinado na cidade de Fernando de la Mora, e Fernando José Aquino Salinas, condenado a 25 anos por matar vítima de assalto em Ciudad Del Este.
Até a manhã de hoje, segundo a Polícia Nacional, 17 fugitivos já tinham sido recapturados. O Ministério da Justiça anunciou nesta segunda-feira intervenção na penitenciária e a remoção do diretor.
A fuga em massa ocorreu por volta de 16h de ontem. Os presos recolhidos no pavilhão destinado a bandidos do PCC renderam os guardas, tomaram suas armas e escalaram o muro com uma corda improvisada.