Chuva fina intimida foliões, mas não atrapalha Carnaval na Cidade Branca
A chuva fina intimidou alguns foliões no início da passagem de blocos, mas não atrapalhou a folia em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, que começou com o um dos mais tradicionais blocos da cidade, o Flor de Abacate, prestando homenagem à Marinha do Brasil, com o samba “Marinheiro tem muita história para contar”.
Os quesitos melodia, evolução, harmonia e bateria são analisados s por jurados que vieram do Rio de Janeiro, segundo o presidente da Liga Independente dos Blocos Oficiais, Catarino de Oliveira, que deu entrevista ao jornal Diário Corumbaense.
O segundo bloco foi o “Praia, Bola e Cerveja”. A agremiação homenageou o advogado Ronaldo Arruda da Costa, se apresentou com 450 componentes e uma bateria com 60 ritmistas. “Os Intocáveis”, terceiro a se apresentar, sambou ao som de “Demétrius e Amigos – lembrança: um brilhante segredo da amizade”. Além de Demétrius, amigo presidente, os foliões reverenciaram outro amigo, Nedir.
O bloco “Arthur Marinho”, cantou a Biodiversidade, falando das formas de vida encontradas na terra. A agremiação desfilou com 600 componentes e uma bateria com 100 ritmistas, de acordo com o Diário Corumbaense. O quinto bloco foi o “Afro Samba Reggae” (Antigo Olodum), que cantou a conscientização em relação ao câncer de mama e de próstata, lembrando o Outubro Rosa e o Novembro Azul. A agremiação homenageou a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Também agitou o público, o “Oliveira Somos Nós” com 600 componentes, 60 só na bateria. A agremiação cantou “A beleza da mulata pantaneira”. A noite teve também homenagens a duas pessoas que se destacaram na dança. O “Vitória Régia” lembrou Ana Paula Honório, corumbaense, professora de ballet e dança do ventre, em sua academia. O bloco encantou com com 11 dançarinas do ventre, na comissão de frente.
A dançarina Sônia Ruas também foi lembrada, no “Bola Preta” com o tema “Sônia é arte em nossas ruas”. Mãe Elza, bastante conhecida na cidade, falecida em 2004 aos 78 anos, foi tema do “Nação Zumbi”, que cantou “Mãe Elza Guerreira”. O samba falou de saudade e das festas de Cosme e Damião.
O décimo a se apresentar foi “Águia da Vila”, com Carnaval como tema principal. A agremiação fez uma homenagem àquelas pessoas que fazer a folia pantaneira com o tema “O maior espetáculo do Centro-Oeste brasileiro”. O “Clube dos Sem” encerrou o desfile, que apostou tudo nos seus 25 anos de fundação em busca de mais um título. A agremiação contou com bateria de 150 ritmistas e coloriu a avenida com confetes e serpentinas.
Programação – Conforme divulgado pela Prefeitura de Corumbá, neste domingo (15), a folia começa com o bloco “Afoxé Muzenza Pantaneiro”, às 19 horas.A partir das 20h30, haverá desfile das escolas de samba do segundo grupo: “Caprichosos de Corumbá'; “Estação Primeira do Pantanal”; “Unidos da Major Gama” e “Imperatriz Corumbaense”. A “Marquês de Sapucaí” encerra a noite e sua apresentação é válida pelo grupo especial. A partir das 3h terá show na Generoso Ponce.
Na segunda-feira (16), a partir das 20h30 passam pela passarela a “Mocidade Independente da Nova Corumbá”; “Império do Morro”; “A Pesada”; “Acadêmicos do Pantanal” e “Vila Mamona”. Na praça haverá show, a partir das 3h da manhã de terça-feira (17).
A última noite terá o “Desfile Cultural na Passarela do Samba”. A partir das 20h, desfilam os Bonecões, a Corte de Momo, Corso (carros antigos), os Fuscas, Ala das Pastoras, Ala dos Marinheiros, Bloco do Frevo, e os Cordões Carnavalescos: Cinelândia, Cravo Vermelho, Flor de Corumbá e Paraíso dos Foliões. O encerramento será com o Bloco dos Palhaços.
No palco da Generoso Ponce, terá show da Gaby Amarantos, a partir das 23h. E a folia promete Na quarta-feira (18) de cinzas com mais dois shows com bandas locais. As 16h, começa a apuração do desfile de cordões carnavalescos, dos blocos oficiais e das escolas de samba do primeiro e segundo grupo.