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Interior

Chuva que destruiu balneário causou prejuízos de R$ 7 milhões em cidade

Liana Feitosa | 07/12/2015 08:55
Em uma largura de 100 metros, a mata ciliar em volta do córrego foi destruída pela força da água. (Foto: Reprodução / vídeo)
Em uma largura de 100 metros, a mata ciliar em volta do córrego foi destruída pela força da água. (Foto: Reprodução / vídeo)

O prefeito da cidade de Caarapó, Mario Valério, a 283 quilômetros de Campo Grande, vem à Capital para buscar ajuda na reparação de danos causados pelas chuvas das últimas semanas e pelo rompimento de uma barragem no município neste domingo (6). Só em estradas e pontes o prejuízo ultrapassa R$ 7 milhões.

"Há alguns dias já havíamos feito um levantamento que apontava a necessidade de pelo menos R$ 7 milhões para a reconstrução de estradas e pontes na cidade", adianta Valério.

"Mas, agora, com o rompimento da barragem, preparamos um relatório de tudo e vamos procurar a Defesa Civil", completa o prefeito.

Antes do rompimento da represa. (Foto: Viajando Todo o BR)
Antes do rompimento da represa. (Foto: Viajando Todo o BR)
Após o rompimento da represa ontem (6). (Foto: Caarapó News)
Após o rompimento da represa ontem (6). (Foto: Caarapó News)

Ele está com reunião agendada hoje (7) com a Secretaria de Obras do Estado e a Caixa Econômica Federal para tratar sobre os danos.

Segundo o comandante interino do 9° Sub-Grupamento do Corpo de Bombeiros de Caarapó, Tenente José dos Santos Costa, há cerca de 30 dias a cidade é atingida por chuvas intensas e, a represa, nunca recebeu um volume tão grande de águas.

"Ela foi construída há mais de 30 anos e não tem um sistema de drenagem eficiente, como sistemas de comportas que despejam águas em excesso. Acredito que o rompimento não teria acontecido se tivesse alguma drenagem", analisa.

Peixes foram encontrados mortos 100 metros distantes do leito do córrego. (Foto: Caarapó News)
Peixes foram encontrados mortos 100 metros distantes do leito do córrego. (Foto: Caarapó News)

O grande volume de água rompeu a barreira e correu pelo leito do pequeno córrego que forma a represa Ayrton Senna, causando danos materiais e ambientais.

"Numa largura de 100 metros da vala do córrego a mata ciliar foi destruída pela força da água. Árvores foram arrancadas pela raiz e peixes de várias espécies morreram", detalha o comandante.

"Muitos peixes foram encontrados 100 metros distantes do leito do córrego, como Pintado de 20 quilos, Pacu de 6 quilos", afirma o tenente. Essas águas desaguaram no Rio Piratini, que fica cerca de 20 quilômetros abaixo da represa. Em seguida, chegarão ao Rio Amambai.

As insistentes chuvas destruíram ou derrubaram cerca de 10 pontes que caíram nas últimas semanas. "Na primeira vistoria, falavam de sete, mas com o passar dos dias e com as chuvas outras foram danificadas", detalha o comandante.

Balneário da cidade antes do rompimento da barragem. (Foto: Caarapó News)
Balneário da cidade antes do rompimento da barragem. (Foto: Caarapó News)
Via que continha águas da represa. A imagem mostra início do rompimento, quando terra começou a ceder. (Foto: Caarapó News)
Via que continha águas da represa. A imagem mostra início do rompimento, quando terra começou a ceder. (Foto: Caarapó News)

Segundo ele, em alguns trechos do rio que divide as cidades de Caarapó e Amambai, o volume de água passou 2 metros acima da ponte.

"Nossa preocupação é com as estradas que são necessárias para o escoamento da produção", completa o prefeito. "Dentro de 40 dias dias os caminhões começarão a transitar por esses trechos totalmente prejudicados.

Só a parte da BR-163 que corta o município e a estrada que liga Caarapó a Amambai são pavimentadas, todas as outras estradas do município são de terra.

Confira o momento em que a barragem se rompeu pela força da água:

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