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Interior

Com dívida de R$ 8 milhões, empresas param em obra bilionária da Petrobras

Aline dos Santos | 22/04/2014 09:42
Fábrica é construída por consórcio em Três Lagoas. (Foto: PAC 2)
Fábrica é construída por consórcio em Três Lagoas. (Foto: PAC 2)

Dez empresas, que locam maquinário pesado para a obra da fábrica de fertilizantes da Petrobras, a UFN III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, param nesta terça-feira por falta de pagamento.

De acordo com o presidente da Alep-MS (Associação de Empresas Locadoras de Equipamento Pesado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Fenelon, são R$ 8 milhões em dívidas relativas aos últimos cinco meses. “O último pagamento foi em novembro de 2013”, afirma Sérgio, que foi hoje a Três Lagoas na tentativa de negociar.

As empresas que param nesta terça-feira empregam 200 pessoas e respondem por 80% dos equipamentos usados na obra. A paralisação não é de 100% porque há outras prestadoras de serviços e equipamentos próprios.

Segundo o presidente da associação, o contrato é com o Consórcio UFN III, que alega não receber da Petrobras. No entanto, a empresa informou ao grupo que mantém os pagamentos em dia.

Conforme Sérgio Fenelon, os empresários descartam acionar a Justiça para cobrar a dívida. “O nosso objetivo é negociar para continuar trabalhando”, salienta. Com a paralisação, a obra sofrerá atraso. A previsão é inaugurar no segundo semestre de 2014.

Com investimentos de R$ 4 bilhões, a fábrica é construída no Distrito Industrial Córrego da Moeda, a 25 quilômetros da cidade, às margens da MS-395. O responsável pela obra é o Consórcio UFN3, formado pelas empresas Galvão Engenharia, GDK e a Sinopec do Brasil, estatal chinesa de petróleo e química.

A reportagem entrou em contato com a Petrobras e aguarda posicionamento da empresa.

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