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Interior

Com fronteira nas mãos do crime, polícia recomenda contratar segurança

Orientação é do comissário-chefe da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero após sequestro de garoto brasileiro em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 18/08/2017 09:13
Policial vigia arredores da casa de menino sequestrado e libertado ontem em Ponta Porã (Foto: Porã News)
Policial vigia arredores da casa de menino sequestrado e libertado ontem em Ponta Porã (Foto: Porã News)

A criminalidade chegou a tal ponto na fronteira do Brasil com o Paraguai que até a polícia do país vizinho recomenda às pessoas com boas condições financeiras que contratem seguranças particulares. A orientação foi feita hoje (18) pelo comissário da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, Walter Gómez.

Em entrevista á rádio ABC Cardinal, de Assunção, o comissário negou que a polícia não tenha condições de proteger a população, mas afirmou que os policiais não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

O pedido de Walter Gómez foi feito um dia após o sequestro do estudante Pedro Urbieta de Souza, 12, levado por homens encapuzados na manhã de ontem e libertado por volta de 23h. Pedrinho é filho do empresário Alexandre Reichardt de Souza, dono de uma loja de materiais de construção no lado paraguaio da fronteira, mas que mora em território brasileiro.

O comissário disse que sua orientação é pessoal e não representa a posição oficial da Polícia Nacional, mas reforçou que famílias ricas da fronteira contratem seguranças particulares para dificultar a ação dos bandidos. O garoto sequestrado ontem seguia para a escola apenas com o motorista, obrigado pelos bandidos a sair correndo do local.

“É importante que as pessoas tenham consciência que segurança é vida, por isso recomendo às pessoas com condições econômicas que tenham segurança privada”, afirmou o comissário.

Segundo Walter Gómez, contratar guarda particular é como instalar dispositivos de segurança em casa. “Pelo menos ajuda. Sabemos que a segurança total não existe”.

O policial paraguaio acha improvável que ocorram outros sequestros na fronteira Pedro Juan Caballero-Ponta Porã, mas afirma que os comerciantes e outras pessoas de alto poder aquisitivo sempre estarão expostos.

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