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Interior

Com nova gestão, hospital economiza R$ 200 mil por mês e atende 26% mais

Reinaldo disse que modelo adotado em Ponta Porã vai ser levado para outras regiões do Estado; Hospital do Trauma da Capital será inaugurado no 2º semestre com 128 novos leitos

Helio de Freitas, de Dourados | 03/03/2017 20:35
Governador e prefeito cumprimentam paciente internado na nova UTI do hospital (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)
Governador e prefeito cumprimentam paciente internado na nova UTI do hospital (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

Mesmo gastando pelo menos R$ 200 mil a menos todos os meses, o novo sistema de gerenciamento do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, permitiu aumento de 26% no número de atendimentos e deve aumentar 40% até o final do ano.

A unidade, que atende a população de outros sete municípios da região, que ficam na fronteira com o Paraguai, é a primeira de Mato Grosso do Sul administrada por uma OS (Organização Social). O Instituto Gerir – uma empresa privada – foi contratado pelo governo do Estado para gerenciar o hospital.

Menos de um ano depois, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirma que os números comprovam que a decisão foi acertada e que o sistema será levado para outros municípios sul-mato-grossenses. O governo do Estado investiu R$ 3,1 milhões no hospital de Ponta Porã.

A parceria com o setor privado para o gerenciamento dos hospitais vai continuar. Em breve, o Estado vai licitar a contratação de outra empresa, para assumir o Hospital de Cirurgias Eletivas de Dourados, que está sem funcionar desde novembro.

Reinaldo rechaçou as críticas de que a parceria com o setor privado significa a privatização do sistema público de saúde e garantiu que a gestão continua sendo feita pelo Estado, que também fiscaliza o funcionamento do hospital e a qualidade do serviço aos pacientes.

Cheirando novo – Com prédio aos pedaços, equipamentos sucateados e com poucos serviços disponíveis para a população, o Hospital Regional de Ponta Porã mudou completamente. Toda a estrutura foi reformada, novos equipamentos foram instalados, a sala de espera foi modernizada e agora o hospital tem um centro de terapia intensiva com dez leitos de UTI.

Fotos de como o hospital estava antes da reforma foram espalhadas pelos corredores, para lembrar aos visitantes e pacientes de como era o local até o ano passado, quando o Instituto Gerir assumiu a unidade.

Os números divulgados pelo governador mostram que, pelo menos até agora, o novo sistema deu certo. Entre agosto e dezembro do ano passado, 8.778 pacientes foram atendidos no hospital de Ponta Porã.

No mesmo período foram feitos 137 exames de endoscopia e 237 de tomografia. Antes da reforma, esses exames não eram disponibilizados pelo SUS na cidade e os pacientes tinham que procurar atendimento em Dourados ou Campo Grande.

Reinaldo disse que em dezembro, com o novo modelo de gestão foram feitas 102 cirurgias oftalmológicas. Já as ultrassonografias passaram de 90 no primeiro semestre de 2016 para 307 entre agosto e dezembro.

As internações de pacientes que não necessitam de cirurgia passaram de 108 em agosto para 244 em dezembro, totalizando 847 internações nos cinco meses pesquisados. Já o número de pacientes que se internaram para fazer cirurgia aumentou de 71 para 144, totalizou 426 pessoas nos últimos cinco meses do ano passado.

CapitalReinaldo Azambuja disse hoje em Ponta Porã que no início do segundo semestre deste ano o governo entrega o Hospital do Trauma que está parado há vários anos em Campo Grande. A unidade vai abrir mais 128 leitos para atender pacientes que atualmente esperam vaga na Santa Casa.

Além do investimento feito com recursos do Estado, governo federal e da Santa Casa para a conclusão da obra, Reinaldo disse que R$ 8 milhões já estão garantidos para equipar o hospital.

Outras cidades – A ordem de serviço para a construção do Hospital Regional de Três Lagoas será assinada em 10 dias, informou Reinaldo. Serão R$ 68 milhões em recursos próprios do Estado investidos na obra.

O governador anunciou também que ainda no primeiro semestre deste ano vai lançar a licitação para a construção do Hospital Regional de Dourados.

“Esse é o planejamento que idealizamos desde o início do governo, uma lógica de atendimento regionalizado. O governo nunca pensou dessa forma e centralizou tudo em Dourados e Campo Grande”, afirmou Reinaldo.

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