Com nova pista, polícia escava terreno atrás de garota que sumiu há 11 anos
Mistério que comove Aquidauana há uma década ainda não foi resolvido
Depois de denúncia anônima informar que Cláudia dos Santos Ofemite, garota de 12 anos que desapareceu há 11 anos em Aquidauana, a Polícia Civil, com auxílio da Prefeitura e do Exército, passou a manhã desta segunda-feira (18) fazendo escavações no terreno de uma casa na Rua Alfredo Caldas, no Bairro Arara Azul, em busca de uma ossada.
O trabalho, comandado pela delegada Isabelle Sentinello, da DAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), aconteceu a poucas quadras do local onde a adolescente morava quando desapareceu, em janeiro de 2013.
“O que aconteceu hoje foi uma tentativa de se localizar o corpo. A polícia seguiu uma informação que chegou até nós para tentar localizar alguma ossada”, explica a responsável pela retomada da investigação.
Após quatro horas e meia, as escavações foram suspensas, pois nada foi localizado. A polícia, contudo, não deixará de seguir novas pistas, segundo a delegada.
Mistério - Claudia desapareceu em 1º de janeiro de 2013, após sair para brincar na residência de uma vizinha na Rua Projetada B, no Bairro Arara Azul. A menina, depois, teria deixado o imóvel vizinho com a intenção de “buscar um brinquedo” e nunca mais voltou para casa.
À época, o Corpo de Bombeiros e a polícia realizaram buscas, mas o caso foi arquivado após tanto tempo sem pistas do paradeiro da garota.
Até hoje, a mãe Lucimara dos Santos, 43 anos, não se conforma com o sumiço da filha e o mistério foi ganhando vários contornos ao longo do tempo.
Há alguns anos, uma mochila foi encontrada enterrada na região da “Fazendinha” do Exército de Aquidauana. A mãe reconheceu a bolsa e roupas da filha, conforme revelou em entrevista ao site Princesinha News, de Aquidauana. Sandálias que estavam no local, segundo Lucimara, pertenciam à amiga de Cláudia, com quem a menina estava antes de desaparecer.
Ao site O Pantaneiro, em 2017, a mãe contou que recebia ligações estranhas. “No dia do aniversário dela de 15 anos, eu recebi uma ligação de um número sem identificação, que não falava nada. Ficou só em silêncio”.
Na entrevista ao Princesinha News, ela repetiu: “Recebi muitas ligações de gente desconhecida. Ligavam e não falavam nada”, afirmou, sobre como esse tipo de atitude só alimentou a angústia e frustração em seu coração de mãe.
Lucimara revelou ainda que, na época do desaparecimento, ela chegou a desconfiar do ex-marido, que já havia sido preso após dar um tiro em sua mão, e da vizinha onde Cláudia estava antes de sumir.
Ela achou estranho o fato de a vizinha não ter deixado sua filha sair com Cláudia naquele dia em busca do brinquedo, já que as duas costumavam andar juntas. Mencionou ainda que o ex ficou muito nervoso quando ela disse que iria à polícia registrar o desaparecimento da filha.
No ano passado, a mãe pedia, na entrevista, que o caso fosse reaberto. “Não desistam da minha filha. Não importa o jeito que ela for vir, viva ou morta. Só quero pode enterrar minha filha ou que ela volte para casa”.
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