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Interior

Corpos “empacotados” na fronteira eram de cidadãos paraguaios

Os dois homens encontrados mortos em Aral Moreira foram reconhecidos por familiares

Helio de Freitas, de Dourados | 16/02/2021 12:43
Corpos enrolados em cobertores e lona foram deixados ao lado de estrada vicinal (Foto: Divulgação)
Corpos enrolados em cobertores e lona foram deixados ao lado de estrada vicinal (Foto: Divulgação)

Foram identificados na manhã de hoje (16) os dois corpos encontrados nesta segunda-feira “empacotados” com cobertores e lona preta na beira de estrada vicinal no município de Aral Moreira, fronteira com o Paraguai.

As vítimas são os paraguaios Felipe Ribas Ojeda, 28, e Marcos Sanchelaridi, 27. Eles foram torturados antes de serem executados. Um deles tinha um saco plástico na cabeça, método de tortura bastante conhecido na fronteira.

Os corpos foram reconhecidos por familiares na capela mortuária de Ponta Porã, onde funciona provisoriamente o serviço de medicina legal da cidade devido à reforma do prédio do IML. Aral Moreira faz parte da comarca de Ponta Porã.

Policiais sul-mato-grossenses acreditam que os dois homens foram mortos em território paraguaio e os corpos jogados no lado brasileiro para dificultar das investigações. Assim como Ponta Porã, Aral Moreira fica encravada no trecho mais violento da fronteira brasileira.

Felipe e Marcos moravam em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS) e uma das principais bases das facções criminosas instaladas na fronteira.

Os corpos foram encontrados ao lado de uma plantação de soja no Assentamento Santa Catarina, próximo à região conhecida como 3 Placas, a 40 quilômetros do perímetro urbano de Aral Moreira.

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