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Interior

Depois de onça no quintal, jaguatirica impressiona condutores em avenida

Caroline Maldonado | 14/07/2015 10:11
Imagens do animal escalando cerca foram divulgadas na internet (Foto: Reprodução)
Imagens do animal escalando cerca foram divulgadas na internet (Foto: Reprodução)

Depois da onça flagrada pelas câmeras de uma residência há uma semana, outro animal selvagem impressionou moradores de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. O bicho, que parece ser uma jaguatirica, foi visto neste fim de semana por condutores que passavam pela Avenida Rio Branco, principal acesso ao município de Ladário, que foi cenário de aparição desse tipo há um ano. Um deles filmou o momento em que outro carro dava ré para ver de perto o animal.

O vídeo do animal em área urbana, é claro, ganhou as redes sociais. Essa presença cada vez mais frequente tem a ver com a fuga da cheia do Pantanal, conforme os especialistas. Os animais procuram lugares secos e acabam surpreendendo moradores, como ocorreu em junho do ano passado, quando uma onça-pintada morreu depois de receber uma dose de tranquilizantes e seus dois filhotes foram levados ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestre), em Campo Grande para então serem devolvidos à natureza.

Os animais se escondiam em uma árvore no quintal de uma residência à margem do Rio Paraguai, no bairro Beira Rio. O morador viu os animais, chamou os bombeiros, a área foi isolada e o assuntou ganhou repercussão nacional.

Na época, o Comitê de Incêndios Florestais e Contenção de Animais Silvestres lamentou a morte do felino e disse que o animal estava exausto por conta da travessia do rio e por isso morreu. Os especialistas lembraram também que Corumbá e região precisavam de ações para orientar a população sobre a convivência com animais do Pantanal.

O membro do comitê, o veterinário Walfrido Moraes Tomas, sugeriu a criação de um programa de orientação, com palestras nas escolas, produção de cartazes e reuniões com a população, nas áreas de maior risco. Isto, porque além de onças, na região é comum a circulação de espécies ameaçadas; como capivaras, sucuris, ariranhas, lontras e jacarés; sem falar nos macacos, tamanduás, ouriços caixeiros, cobras, jaguatiricas, marsupiais, lobinhos, gatos mouriscos, abelhas e vespas, que também devem ter a vida preservada.

Veja o vídeo:

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