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Interior

Deputado vai à região de conflito e relata tensão em fazenda de Amambai

Pedro Kemp esteve neste sábado em área onde confronto aconteceu para conversar com lideranças indígenas

Liana Feitosa | 26/06/2022 17:50
Indígena guarani-kaiowá segura capsula deflagrada em área de conflito. (Foto: Direto das Ruas)
Indígena guarani-kaiowá segura capsula deflagrada em área de conflito. (Foto: Direto das Ruas)

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) esteve neste sábado (25) no município de Amambai, distante 351 quilômetros de Campo Grande, e relatou “situação bastante tensa” na região. Até o momento, ele foi o único parlamentar estadual a estar na área de conflito.

“Estive em Amambai ontem conversando com as lideranças indígenas. Lamentável o ocorrido, a rapidez e a forma truculenta como agiu a Polícia Militar, que resultou na morte de uma pessoa. É preciso que o Estado, em parceria com a Polícia Federal, atuem no sentido de garantir a segurança das pessoas e, em caso de conflito, acionem mecanismos de negociação, fazendo prevalecer o diálogo”, afirmou Kemp ao Campo Grande News.

Para o parlamentar, os processos de demarcação de terras indígenas estão entre os motivos do conflito. “Sabemos que o pano de fundo desses conflitos é a omissão do Governo Federal, que paralisou todos os processos de demarcação das terras indígenas e a etnia Guarani Kaiowá é a mais prejudicada por não ter seus territórios demarcados”, analisou. “Enquanto isso não se resolver, infelizmente teremos muitos conflitos ainda pela frente”, completou o deputado, que ocupa seu quarto mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Realidade agora - Classificada como “situação bastante tensa”, Kemp afirmou que os indígenas que ocuparam a sede da fazenda VT Brasil, também conhecida como Borda da Mata, em Amambai, permanecem acampados em frente à propriedade. “Não descarto novas ocupações nos próximos dias”, finalizou.

Tensão - Uma morte foi confirmada até o momento em decorrência do confronto ocorrido na última sexta-feira (24). O velório do guarani-kaiowá Vito Fernandes, 42 anos, ocorre desde às 21h de ontem (25) e o velório deve ocorrer no local onde ele morreu, na lavoura da fazenda Borda da Mata.

No entanto, a ação pode incorrer em novo confronto, já que a Polícia Militar está na propriedade.

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