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Interior

Indígenas querem enterrar parente em local da morte, mas temem novo conflito

O velório ocorre desde às 21 horas de ontem na Terra Indígena Amambai

Lucia Morel | 26/06/2022 09:30

O velório do guarani-kaiowá Vito Fernandes, 42 anos, morto em conflito no entorno da Terra Indígena Amambai, localizada na cidade de mesmo nome, ocorre desde às 21 horas de ontem e o velório deve ocorrer no local onde ele morreu, na lavoura da Fazenda Borda da Mata.

No entanto, a ação pode incorrer em novo confronto, já que a Polícia Militar está na sede da propriedade. Para os indígenas, há um significado espiritual dos enterros ocorrerem no local da morte, principalmente por ser considerada tradicional.

Indígenas velando corpo de Vito Fernandes nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)
Indígenas velando corpo de Vito Fernandes nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)

O grupo ainda não sabe quando o sepultamento poderá ser realizado e espera a chegada de mais indígenas para levarem o corpo. O indígenas sabem ser arriscado acessar o local, e ainda haverá definição da família decidir efetivamente sobre o enterro.

Nas redes sociais, a Aty Jovem, assembleia dos jovens guarani-kaiowá, mostrou fotos do velório com a legenda: “no momento está tendo velório nosso guerreiro Víto Fernandes, onde ocorreu massacre de Guapo’y aqui em Amambaí. Doi tanto pra nos kaiowa e guarani (sic)”.

Corpo de Vito Fernandes sendo velado ontem à noite. (Foto: Redes sociais)
Corpo de Vito Fernandes sendo velado ontem à noite. (Foto: Redes sociais)


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