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Interior

Polícia Federal vai para área de conflito em Amambai

Ao todo, nove pessoas ficaram feridas, entre elas, seis jovens indígenas e três policiais militares

Lucia Morel | 24/06/2022 14:45
Uma das vítimas atingidas por disparos de arma de boracha durante confusão. (Foto: Redes sociais)
Uma das vítimas atingidas por disparos de arma de boracha durante confusão. (Foto: Redes sociais)

A Polícia Federal vai até a área de conflito em Amambai, a 360 Km de Campo Grande, onde nove pessoas ficaram feridas, entre elas, seis jovens indígenas e três policiais militares do Batalhão de Choque. A informação foi confirmada pelo MPF (Ministério Público Federal) ao Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

Em nota, a Polícia Federal disse que "compete à Polícia Federal apenas garantir a integridade de “comunidades indígenas”, quando estas se encontrarem em risco" e que a Polícia Militar teria sido chamada para "evitar a invasão de uma fazenda por indígenas".

"No momento, equipes da Delegacia de Polícia Federal de Ponta Porã, responsável pela circunscrição do município onde ocorre o conflito, estão na região avaliando a situação", destaca nota.

No local, a comunidade indígena ocupou área de Fazenda VT Brasil, conhecida como Borda da Mata, que é considerada tradicional. Chamada de Guapoy, a localidade teria sido subtraída parte da reserva indígena de Amambai, que é a segunda maior de Mato Grosso do Sul em termos populacionais, com quase 10 mil indígenas.

O ataque que deixou indígenas feridos teria sido após ação da Polícia Militar, que teria disparado balas de borracha para dispersar os ocupantes. Conforme o Cimi, há relatos de que há dois indígenas mortos, mas não há confirmação.

Os indígenas entraram na terra ontem à tarde com parte das ações de protesto contra o marco temporal, que teve ontem ato político em Brasília. No início do mês, o STF (Supremo Tribunal Federal) retirou de pauta o julgamento do Recurso Extraordinário 1.017.365, que definirá o futuro da demarcação das terras indígenas em todo o país. O julgamento entraria em pauta nesta quinta-feira, 23/06, porém a votação foi adiada pela terceira vez.

A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul não falou sobre o confronto, mas convocou a imprensa para coletiva na tarde desta sexta-feira, às 16 horas.

Matéria editada às 16h25 para acréscimo de nota da Polícia Federal.

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