Dispensa de licitação em fundação de saúde é alvo de investigação
Funsaud, que administra Hospital da Vida e Upa de Dourados, contratou prestadores de serviços sem licitação
A Fundação de Saúde que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), virou alvo de investigação em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Um inquérito civil foi instaurado hoje (16) pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul para apurar suspeita de irregularidade em contratos firmados pela Funsaud com prestadores de serviços sem processo de licitação.
A Funsaud contratou, sem licitação as empresas Cerdil (Centro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem S/S Ltda.), Dimensão Comércio de Artigos Médicos Hospitalares Ltda. e Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda.
Conforme o promotor Ricardo Rotunno, da 16ª Promotoria de Justiça, o inquérito vai apurar se houve eventual irregularidade nas dispensas de licitação para a contratação dessas empresas para fornecimento de medicamentos, materiais e insumos, bem como para prestar serviços de diagnóstico por imagem.
O inquérito publicado hoje no Diário Oficial do MPMS é desmembramento de outra investigação em andamento para suspeitas de irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Dourados.
Ao analisar os documentos, o promotor viu indícios de irregularidades também nos contratos firmados pela Funsaud e abriu nova frente de investigação. Comprovada a existência de irregularidades no processo licitatório, os responsáveis responderão por improbidade administrativa e por crime contra a lei de licitações.
Até o fim de fevereiro deste ano, a Funsaud era presidida por Américo Salgado Júnior, que pediu demissão. A prefeita Délia Razuk (PR) nomeou para o cargo o jornalista e advogado Luiz Carlos de Mattos Filho.