Em duas frentes, agência destrói 108 toneladas de maconha na fronteira
Ações da Senad ocorrem em áreas de mata nos departamentos de Amambay e Canindeyú
Em duas frentes para erradicar cultivos de maconha na linha internacional com Mato Grosso do Sul, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) já destruiu nesta semana pelo menos 108 toneladas de maconha nos departamentos de Amambay e Canindeyú.
As ações ocorrem menos de duas semanas após o encerramento da 44ª Operação Nova Aliança, apoiada pela Polícia Federal brasileira, que eliminou 820 toneladas da erva durante dez dias nos arredores de Pedro Juan Caballero, capital de Amambay.
Agora, com apoio das forças armadas do Paraguai, equipes da Senad estão em Fortuna Guazú, Cerro Cora´i e na Colônia 204, no departamento de Amambay. Nesses locais, pelo menos 88 toneladas de maconha foram cortadas e queimadas antes da colheita.
Encabeçada pelo promotor de Justiça Celso Morales, a ação desmontou 12 centros de processamento da droga, montados no meio da mata. Além de 27 hectares de roças cortadas e queimadas, o trabalho destruiu 250 quilos da droga picada e 7,8 toneladas da erva já prensada.
Em outra frente, dessa vez em Canindeyú, cuja capital é Salto Del Guairá (a 20 km de Mundo Novo), pelo menos 20 toneladas de maconha foram destruídas em lavouras controladas por facções criminosas na região de Yby Pytá.
Coordenada pelo promotor Néstor Dávalos, a operação eliminou sete hectares de roças de maconha, cuja produção seria destinada ao mercado brasileiro. Em ambos os casos ninguém foi preso. O governo do Paraguai prioriza a destruição das lavouras para causar prejuízo aos traficantes. Geralmente, quem atua nos cultivos são trabalhadores rurais pobres, sem alternativa de sobrevivência.
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