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Interior

Em vídeo, deputado parabeniza resistência de indígenas em área invadida

Adriano Fernandes | 13/04/2018 21:25
Zeca do PT informando sobre a suspensão da ordem de despejo. (Foto: Reprodução)
Zeca do PT informando sobre a suspensão da ordem de despejo. (Foto: Reprodução)

O aviso sobre a suspensão da reintegração de posse de áreas invadidas por índios em Caarapó - a 283 km de Campo Grande-, foi dado pelo deputado federal Zeca do PT. Em vídeo, o político não só informa os indígenas sobre a revogação da decisão como também parabeniza a “luta e resistência” dos ocupantes em permanecerem nas duas áreas, invadidas desde junho de 2016.

“Quero cumprimentar todos os companheiros que ousam e ousaram resistir. O que nos vimos era uma operação enorme. Vocês não tem ideia da quantidade de caminhões do exercito que estavam vindo para cá”, diz o deputado.

Além de Zeca, os deputados Vander Loubet (PT) e João Grandão (PT) estavam no local em apoio aos índios e foram de encontro aos policiais, pouco antes das tropas chegarem ao local. Pelo menos 200 agentes federais e homens da tropa de choque da Polícia Militar foram mobilizados e seguiram de madrugada para Caarapó.

Dois helicópteros também foram acionados para dar apoio. As equipes chegaram até a entrada das fazendas ocupadas pelos índios quando decidiram recuar. “Felizmente a articulação daqueles que lá em Brasília se somaram a defesa de uma causa justa permitiu que tivesse essa decisão importante. A operação foi suspensa. Nós estamos trazendo essa noticia para vc muito contentes por sabermos que vocês continuam resistindo e nada se conquista sem resistência. Sem luta. Essa vitória é de vocês”, completa.

A reportagem, Zeca ressaltou sobre a legitimidade do movimento. “Um decreto, ainda do governo Dilma, demarcou as terras para aqueles índios que estão lá. É deles por direito, então o que não é certo são os fazendeiros irem de encontro a eles ou aquele efetivo que seria usado”, acrescentou.

Confira o vídeo:

Suspensão - Assinada pela ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, liminar atendia ao pedido feito pela procuradoria da Funai. No recurso, a fundação alegou risco de confronto, já que os índios se negam a deixar as áreas.

“Defiro o pleito de medida liminar para suspender, de imediato, os efeitos da decisão proferida pelo desembargador Wilson Zauhy. Comunique-se com urgência, inclusive por mensagem eletrônica”, afirma a liminar de Cármem Lúcia.

Essa é a segunda vez que o STF suspende a reintegração de posse de áreas invadidas após o confronto que deixou um índio morto e outros seis feridos a tiros, em junho de 2016. A própria presidente do STF já havia derrubado a reintegração da fazenda Yvu, em dezembro daquele ano.

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