Estrada precária impede safra de soja de ser escoada; veja vídeo
Estrada que fica no norte do Estado é considerada estratégica para o escoamento da produção local
RESUMO
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Motoristas enfrentam dificuldades na MS-213, em Sonora, devido a atoleiros causados pelas chuvas, prejudicando o escoamento da safra de soja. A estrada, crucial para a região produtora, sofre com o tráfego intenso de caminhões pesados, especialmente de eucalipto. A prefeitura local e a Agesul trabalham para melhorar as condições, mas a falta de pavimentação e o aumento do fluxo complicam a situação. Agricultores estão preocupados com a colheita, enquanto o governo e empresas privadas buscam soluções para manter a trafegabilidade.
Motoristas de caminhões pesados sofrem com a falta de estrutura da MS-213, conhecida como Sete Placas, em Sonora, distante 362 quilômetros de Campo Grande, principal via para o escoamento da safra de soja. Atoleiros se formaram por causa das chuvas nos últimos dias, impedindo os veículos seguirem viagem. Assista, acima, ao vídeo.
A estrada que liga o norte do Estado ao Mato Grosso é considerada estratégica para o escoamento da produção local, a rodovia atende toda a região produtora, com cultivo de cana-de-açúcar, soja, milho e eucalipto, além de gado.
Conforme Paulo Sérgio Santana, secretário de Obras da prefeitura do município, o volume de carretas no local aumentou de forma expressiva e os agricultores estão preocupados. Há trânsito intenso de caminhões pesados no trecho, principalmente com toras de eucalipto, situação que piora ainda mais o tráfego na estrada sem pavimentação.
O titular da pasta explica que não há caminhos alternativos. “Estamos iniciando a safra de soja e não temos como tirar a lavoura. A situação está precária e não tenho como arrumar a estrada a tempo. O correto seria diminuir o tráfego de caminhões com eucalipto, que transitam dia e noite, para os agricultores escoarem a soja. A lavoura de soja estraga se não colher, o eucalipto não”, disse.
"Vou mostrar aqui a situação da MS-213, Sete Placas", lamentou um motorista enquanto filma uma fila de caminhão e uma carreta atolada. "Fazer um videozinho aqui, mas se o Estado não ajudar, não sei como a gente vai tirar a soja", reclamou outro caminhoneiro.
Indagada sobre a situação, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), do governo estadual, informou que tem mantido a manutenção constante da MS-213, atuando de forma intensiva para garantir as condições de trafegabilidade, especialmente durante este período chuvoso.
Ainda de acordo com a agência, por se tratar de uma rodovia não pavimentada e com fluxo intenso de veículos pesados, a equipe técnica segue monitorando e executando melhorias conforme a necessidade.
“Além das ações contínuas do governo do Estado, a iniciativa privada também tem sido parceira nesse trabalho, com empresas como a Suzano e a Vetorial contribuindo para a recuperação do trecho, fundamental para o escoamento da produção de eucalipto, soja e pecuária na região”.
Segundo a Agesul, ainda nesta semana, assim que houver diminuição das chuvas, os reparos serão intensificados, garantindo que a via continue atendendo a demanda dos produtores e transportadores que dependem desse trajeto.
Percentual - Conforme divulgado pelo Projeto SIGA-MS, da Aprosoja/MS, a colheita da safra de soja 2024/2025 alcançou cerca de 12% da área total em Mato Grosso do Sul, o que representa aproximadamente 526.617 hectares. A região Sul é a mais avançada, com 13,9% da área colhida, seguida pela região centro, com 13,3%. Na região norte o percentual colhido é de 0,5%.
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