Ex-secretário de Saúde perde recurso no STJ e vai continuar preso
Acusado de comandar esquema de corrupção, Renato Vidigal está desde novembro do ano passado na penitenciária de Dourados
Acusado de comandar esquema de corrupção que teria desviado pelo menos R$ 530 mil da saúde pública, o ex-secretário municipal de Saúde Renato Oliveira Garcez Vidigal vai continuar preso por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele está na cadeia desde 6 de novembro do ano passado.
A 6ª turma da Corte seguiu voto do relator Nefi Cordeiro e por unanimidade negou agravo regimental impetrado pelos advogados do médico. Com a decisão, tomada na terça-feira (18), mas ainda não publicada, Renato Vidigal vai continuar recolhido na cela 89 do raio I da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), o chamado “raio dos trabalhadores”.
Em dezembro, Nefi Cordeiro já tinha negado o pedido de liberdade ao ex-secretário de Saúde. A defesa tentava reverter decisão do desembargador Fausto De Sanctis, relator da 11ª Turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) que no dia 26 de novembro manteve Vidigal preso.
Nesta quarta-feira (19), a Justiça Federal encerrou os depoimentos de 49 testemunhas de defesa e de acusação arroladas na ação penal oriunda da Operação Purificação, da Polícia Federal. Vidigal e os outros quatro réus foram interrogados ontem.
Além do ex-secretário, a ação tem como réus o ex-diretor financeiro da secretaria, Raphael Henrique Torraca Augusto, o “Pardal” – também preso na PED – a mulher dele e ex-funcionária da Secretaria de Saúde Sandra Regina Soares Mazarim, a também ex-funcionária da Saúde Dayane Jaqueline Foscarini Winck e Ronaldo Gonzales Menezes.
Segundo a denúncia do Ministério Público que deu origem à ação penal, Ronaldo era “testa-de ferro” de Vidigal e Pardal na empresa Marmiquente, contratada pela Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde) para fornecer alimentação ao Hospital da Vida e à UPA (Unidade de Pronto Atendimento).