Família de dupla suspeita de sequestro volta a protestar contra prisão
Familiares de Gustavo Alberto Iturbe Valdez e Eunice Ojeda Sanchez, dois dos seis detidos sob suspeita de participar do sequestro do garoto Pedro Urbieta de Souza, de 12 anos, em Ponta Porã - cidade localizada a 323 km de Campo Grande -, voltaram a protestar contra a prisão deles.
A dupla nega ter envolvimento no crime, enquanto os outros quatro presos confessaram. Ainda assim, os seis seguem detidos. O protesto de hoje foi realizado em frente a sede do Ministério Público paraguaio, em Pedro Juan Caballero - cidade fronteiriça à Ponta Porã.
O grupo de familiares que fez o protesto também alega que Gustavo e Eunice são inocentes. O principal temor deles é que eles sejam extraditados do Paraguai, onde estão detidos, para o Brasil, onde aconteceu o crime.
Ao Campo Grande News, ontem, o delegado Rodolfo Daltro, da Polícia Civil, disse que são consistentes os indícios contra os suspeitos. "Os quatro que já confessaram envolvimento no sequestro e relatam a participação dos outros", frisa.
Os seis presos são cidadãos paraguaios. Dois são funcionários em uma das empresas do pai do garoto - Gustavo e Felipe Luis Samúdio. Já Eunice é empregada doméstica na casa da família da vítima. Os outros detidos são Vicente Ramon Pereira Arce, Américo Sanchez e Cesar Sebastian Ojeda Sanchez, que seria um dos mentores do crime.
Eles foram presos em Pedro Juan Caballero no sábado (19) por policiais paraguaios, mas as investigações envolvem também o Garras (Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e policiais civis de Ponta Porã.
Sequestro - Filho do empresário brasileiro Alexandre Reichardt de Souza, dono de uma loja de materiais de construção em Pedro Juan Caballero e membro de família tradicional na fronteira, Pedro foi sequestrado na quinta-feira (17).
Ele foi libertado no mesmo dia após passar 16 horas em poder dos sequestradores. A polícia afirma que não houve pagamento de resgate, mas boatos que circulam na fronteira afirmam que a família do menino pagou ao menos uma parte do valor pedido pelos bandidos, de R$ 1 milhão.