Funcionários e empregada da família participaram do sequestro de garoto
Dos seis presos suspeitos de envolvimento no sequestro de Pedro Urbieta de Souza, 12, dois são funcionários em uma das empresas do pai do garoto e uma é empregada doméstica que trabalha na casa da família da vítima. As informações foram divulgadas na noite deste sábado (19) pela polícia paraguaia.
Os detidos são: os funcionários do pai do menino, Felipe Luis Samúdio e Gustavo Alberto Iturbe Valdez, a empregada da família, Eunice Ojeda Sanchez, Vicente Ramon Pereira Arce, Américo Sanchez e Cesar Sebastian Ojeda Sanchez, um dos mentores do grupo.
A operação foi chefiada pela polícia nacional do Paraguai e teve participação de equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e policiais civis de Ponta Porã.
Pedrinho é filho de Alexandre Reichardt de Souza, dono de uma loja de materiais de construção em Ponta Porã. O menino é sobrinho do ex-prefeito da cidade, Bruno Reichardt, e do ex-ministro do Paraguai Paulo Reichardt. As famílias são tradicionais na região.
Caso – O menino foi levado na manhã da quinta-feira (17), por três homens encapuzados que o abordaram na Rua Tiradentes, Centro de Ponta Porã, o colocaram em um carro e fugiram.
O delegado que conduz as investigações sobre o sequestro, Rodolfo Daltro, disse que, após ser sequestrado, Pedrinho foi levado para um matagal no perímetro urbano de Pedro Juan Caballero, onde ficou na companhia dos três sequestradores, que conversavam entre si em guarani e o tempo todo falavam com outras pessoas por telefone.
Após o último contato, os sequestradores levaram Pedrinho até outro matagal, onde o deixaram. O garoto saiu caminhando e na rua pediu carona. Ele foi levado até a sede regional da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero e logo em seguida entregue aos policiais brasileiros.
Os sequestradores pediram R$ 1 milhão para libertar o garoto. mas o delegado afirmou que Pedrinho foi liberado sem o pagamento de resgate. Segundo ele, os sequestradores se sentiram pressionados pela mobilização de forças policiais e decidiram libertar o estudante. “Todas as polícias se mobilizaram, inclusive no Paraguai”, afirmou.