Grupo de crise envia testes e manda desinfectar escolas com surto de covid-19
Escolas suspenderam aulas após detectar casos de covid entre estudantes indígenas
Diante do aumento no número de casos de covid-19 entre alunos das escolas indígenas de Dourados - a 233 quilômetros da Capital - a SES (Secretaria de Estado de Saúde) encaminhou 1 mil testes de antígenos, para auxiliar na identificação de novos casos e também no monitoramento dos indicadores epidemiológicos da população indígena da região. Oito escolas da Rede Municipal de Ensino de Dourados estão com as aulas suspensas desde ontem (28) e só voltam a receber alunos no dia 3, próxima quarta-feira, por conta do surto.
Hoje, a secretaria realizou a segunda reunião do Grupo de Gerenciamento de Crise, para promover ações mitigatórias para controlar o surto de contaminação pelo coronavírus em escola indígena de Dourados.
O grupo é constituído por representantes da SES, da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), Secretaria Municipal de Ensino e de Saúde de Dourados e Ministério Público Federal, Secretaria Estadual de Educação (SED), Fiocruz Mato Grosso do Sul e lideranças da Aldeia Bororó e Jaguapirú.
Durante o encontro entre a SES e as demais instituições, ficou acordado ações emergenciais como a sanitização das oito escolas indígenas e a permanência da suspensão das aulas, além do reforço de equipes para realizar o rastreio de casos a partir de casos confirmados para a covid-19 e a intensificação da vacinação de indígenas que ainda não tomaram as doses de vacinas contra o coronavírus.
Condutor da reunião, o assessor militar na SES, coronel Marcello Frahia, destacou às equipes da saúde indígena para que façam o monitoramento e reitere junto às lideranças indígenas, a questão tanto do isolamento quanto do distanciamento físico, diante do surto estabelecido no local. “É de fundamental importância que se faça esse tipo de acompanhamento e que nos mantenham sempre informados quanto a eventuais surgimentos de novos casos”, comentou Frahia.
A gerente Técnica de Influenza e Doenças Respiratórias, Livia de Mello Almeida Maziero, ressalta que o rastreio de casos é de fundamental importância. "O rastreio e devido ao isolamento dos casos e contatos quanto feitos de forma célere interrompe o aumento da cadeia de transmissão", diz.
Embora, a responsabilidade sobre a saúde indígena seja exclusiva da Secretaria Especial de Saúde Indígena e do Distrito Sanitário Especial Indígena, a Secretaria de Estado de Saúde se mantém atenta quanto a evolução da doença por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde e a Gerência Técnica de Influenza e Doenças Respiratórias do Estado.