Homem mentiu que dirigia veículo envolvido em acidente com morte
Maurinaldo dos Santos se apresentou como motorista de Troller para proteger filha do patrão dele
O jipe Troller que invadiu a preferencial e provocou a morte do militar do Exército Robert Trindade Francisco, 21, na madrugada de sábado (15) em Dourados (a 251 km de Campo Grande), estava sendo conduzido por Erica de Sales Pereira. Ela não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Maurinaldo dos Santos, que se apresentou como condutor do veículo, mentiu para a Polícia Militar no local do acidente e depois repetiu as mentiras na Polícia Civil. Agora, deve ser indiciado por falsa comunicação de crime.
O Campo Grande News apurou que Maurinaldo assumiu ser o condutor do jipe Troller para proteger Erica, filha de criação do patrão do rapaz. O veículo pertence ao empresário, dono de rede de lojas populares em Dourados. Mesmo sem habilitação, a mulher aproveitou que o dono do Troller estava viajando para pegar o veículo e sair na noite com amigos.
Na noite de sexta-feira, Erica e Maurinaldo estava com outras pessoas em restaurante localizado no cruzamento da Avenida Weimar Gonçalves Torres com a Rua Melvin Jones. Por volta de 23h, Erica saiu com o carro para buscar uma amiga. Quando voltava para o restaurante, ela invadiu a preferencial e a moto de Robert bateu na lateral do Troller.
Equipe da Polícia Militar que fazia rondas no centro foi ao local e Maurinaldo se apresentou com condutor do veículo. Erica e outra pessoa que estava no carro também disseram que ele dirigia o Troller.
Maurinaldo foi submetido ao teste de bafômetro e o resultado deu negativo. Atleta profissional de atletismo, ele não tinha ingerido bebida alcoólica.
Robert foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital da Vida, mas morreu horas depois em decorrência dos ferimentos. O Troller foi levado para a Polícia Civil para ser periciado, mas ainda no sábado foi liberado e foi visto rodando pela cidade.
Ao saber que o condutor da moto tinha morrido, Maurinaldo procurou o advogado Renan Pompeu e na tarde desta segunda-feira (17) ele será ouvido de novo na Polícia Civil. Erica também deve comparecer, acompanhada do advogado Rubens Saldivar. Ela deve responder por homicídio culposo (sem intenção).