Juiz dá liberdade a estudante de Medicina que vendia ecstasy em baladas
Ana Carolina Sartori Muniz foi presa no dia 26 de outubro; juiz entendeu que prisão não é mais necessária
O juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal de Dourados (a 233 km de Campo Grande), concedeu liberdade hoje (4) à estudante de medicina Ana Carolina Sartori Muniz, 24, presa no dia 26 de outubro deste ano por tráfico de ecstasy.
Flagrada por guardas municipais com 45 comprimidos da droga sintética, ela confessou que tinha formado consórcio com amigos para comprar o alucinógeno para uso pessoal e para revender nas baladas de Dourados.
No dia seguinte à prisão, Ana Carolina passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante transformada em preventiva (sem prazo definido). Ela ficou em uma cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil, já que Dourados não possui presídio feminino.
Os advogados de defesa pediram a liberdade provisória dela, alegando que Ana Carolina não representa ameaça para as investigações e que medidas cautelares seriam suficientes para impedir que ela continuasse a praticar o crime.
Deyvis Ecco acatou a tese da defesa e revogou a prisão preventiva. Ele também afirmou ser desnecessário o monitoramento por tornozeleira eletrônica. “O senso de responsabilidade e disciplina no cumprimento das medidas cautelares deverá ser da própria beneficiada”, afirmou o juiz.
O magistrado também proibiu a jovem de frequentar eventos noturnos e diurnos, festas de qualquer natureza, bares e restaurantes. Amigas de Ana Carolina foram para a delegacia para esperar a soltura dela.
A prisão – Moradora no Bairro Novo Parque Alvorada, na região oeste da cidade, Ana Carolina foi presa após guardas municipais serem acionados sobre carro com placa do Paraná parado na contramão, em frente ao endereço dela.
Durante vistoria no Sandero com placa de Santa Izabel do Ivaí (PR), os guardas encontraram 45 comprimidos de ecstasy. A futura médica disse que ela e nove amigos compraram os comprimidos para usar nas festas e revender a baladeiros da cidade. Cada um é vendido de R$ 35 a R$ 45.
Ana Carolina contou que já concluiu o curso de Medicina no Paraguai, fez a primeira prova do Revalida e aguarda a segunda etapa para poder começar a exercer a profissão em território brasileiro.