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Interior

Justiça revoga prisão de PM que matou "Saravá" em frente à boate

Waldiner Borges da Conceição, de 32 anos, está preso desde o dia 6 de janeiro

Adriano Fernandes | 10/02/2022 17:17
No detalhe da imagem, policial e vítima, no momento do desentendimento que terminou em morte. (Foto: câmera de segurança)
No detalhe da imagem, policial e vítima, no momento do desentendimento que terminou em morte. (Foto: câmera de segurança)

A Justiça revogou a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar Waldiner Borges da Conceição, de 32 anos, acusado pela morte de Douglas Souza Mendonça, de 29 anos, o "Saravá", na frente de uma boate na cidade de Maracaju, a 160 quilômetros da Capital.

Após o assassinato, ocorrido na noite do dia 22 de dezembro, o policial confessou o crime à Polícia Civil, mas o delegado responsável pela investigação não representou pela prisão, diante da possibilidade de existência de legítima defesa. Entretanto, no dia 6 de janeiro o PM teve a prisão preventiva decretada durante o plantão da 1ª Vara da Comarca de Maracaju.

"Saravá" era réu da Justiça de Mato Grosso do Sul por homicídio simples cometido em Ponta Porã, no mês de setembro de 2016. (Foto: Redes Sociais)
"Saravá" era réu da Justiça de Mato Grosso do Sul por homicídio simples cometido em Ponta Porã, no mês de setembro de 2016. (Foto: Redes Sociais)

A defesa do soldado então requereu pela revogação da decisão, alegando que não haviam requisitos suficientes para manter o policial atrás das grades. Waldiner teria "ótima conduta" à frente da Polícia Militar o que demonstra a "inexistência de perigo à ordem pública", caso fosse solto, afirmou a defesa. No pedido de habeas corpus o advogado do soldado, Gustavo Scuarcialupi, também afirmou que o policial "visivelmente" agiu em legítima defesa. Testemunhas ouvidas na época também confirmaram que Douglas partiu para cima do policial "sem qualquer motivo".

Na noite do assassinato, o soldado da Polícia Militar estava deixando uma boate na Rua Antônio João, no Bairro Ingá, quando começou a ser provocado por Douglas. Câmera de segurança flagrou o momento em que a vítima foi até a caminhonete do policial e sacou uma arma de brinquedo. Na sequência, o soldado reagiu, sacou a arma funcional que carregava na cintura e disparou na cabeça da vítima. Dois homens que acompanhavam a vítima teriam fugido logo em seguida.

Diante dos argumentos da defesa do policial, nesta quarta-feira (09) o juiz Marco Antonio Montagnana Morais, da comarca de Maracaju, revogou a prisão preventiva sob a condição de que o policial cumpra medidas cautelares. O soldado também continua suspenso de suas funções. Waldiner Borges da Conceição sainda segue encarcerado no Presídio Militar de Campo Grande, aguardando a expedição do alvará de soltura. Ele deve ser solto até o próximo sábado (12) e seguirá para Dourados onde mora a família.

O crime - De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia foi informada do crime por volta das 23h, por um homem que viu a equipe e contou que na Rua Antônio João, no Bairro Ingá, um homem estava em uma caminhonete prata e teria atirado contra outra pessoa.

Quando a Polícia Militar chegou ao local encontrou a vítima caída na calçada com uma arma no peito. Waldiner estava próximo e se apresentou como autor do crime e soldado da PM, a arma dele estava na cintura. A arma de Waldiner foi recolhida pela equipe da PM e encaminhada para perícia, que também esteve no local para verificar o crime, que foi registrado como homicídio simples na delegacia de Maracaju.

"Saravá" era réu da Justiça de Mato Grosso do Sul por homicídio simples cometido em Ponta Porã, no mês de setembro de 2016.


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