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Interior

Polícia vê legítima defesa e libera soldado que matou em frente à boate

Em depoimento, o militar contou que foi encurralado pela vítima e reagiu após vê-la armada

Geisy Garnes | 23/12/2021 14:07
Com apelido de Saravá, Douglas era morador de Ponta Porã. (Foto: Redes Sociais)
Com apelido de Saravá, Douglas era morador de Ponta Porã. (Foto: Redes Sociais)

A Polícia Civil de Maracaju – cidade a 159 quilômetros de Campo Grande – entendeu que o soldado Waldiner Borges da Conceição, de 32 anos, agiu em legítima defesa ao atirar e matar Douglas Souza Mendonça, em frente a uma boate da cidade, na noite desta quarta-feira (22). Segundo o relato de testemunhas, a vítima “partiu para cima” do militar antes de ser ferida.

Waldiner contou aos colegas de farda e também às equipes da Delegacia de Polícia Civil do município, que saía da boate, quando foi surpreendido pela vítima e outros dois homens em uma picape. Um deles, que só mais tarde foi identificado como Douglas, conhecido como Saravá, foi para cima dele “sem qualquer motivo” e sacou o que parecia ser uma arma.

Neste momento, o soldado reagiu, sacou a arma funcional que carregava na cintura e disparou. Douglas foi atingido pelo tiro e não resistiu ao ferimento, morreu antes que o socorro chegasse ao local. O policial permaneceu na boate, esperou as equipes policiais chegarem e foi para a delegacia.

Segundo a assessoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, na unidade policial, outras testemunhas foram ouvidas e relataram exatamente a mesma cena descrita pelo soldado. Além disso, aparentemente, apenas um disparo foi feito pelo autor. Porção de cocaína e uma arma também foi encontrada com a vítima, que mais tarde, a perícia descobriu ser de brinquedo.

Diante de todos os indícios, afirma a assessoria, o delegado responsável pelo caso entendeu que Waldiner agiu para se defender e, por isso, o liberou do flagrante. O militar teve a arma apreendida e continua sendo investigado pelo assassinato, já que o inquérito ainda precisa dos laudos de necropsia e perícia do local para confirmar a história relatada pelo autor. Até lá, ele permanece em liberdade.

Apesar de livre, o soldado também enfrentará um processo administrativo, instaurado pela própria Polícia Militar para apurar a atitude dele como policial. Como trabalha na sala rádio e não faz parte das equipes de rua, Waldiner continuará no serviço interno durante o período de investigação.

Os dois homens que estavam com Douglas fugiram e são procurados pela polícia. A vítima respondia na Justiça de Mato Grosso do Sul por homicídio simples cometido em Ponta Porã, no mês de setembro de 2016.

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