Líder de grupo terrorista é morto a tiros por militares paraguaios
Antonio Ramón Bernarl Maíz tinha 13 ordens de prisão acusado de assassinato, sequestro e associação terrorista
Apontado como um dos principais terroristas do Paraguai, Antonio Ramón Bernal Maíz, líder da ACA (Agrupação Campesina Armada), foi morto em confronto com militares da Força-Tarefa Conjunta na noite desta quinta-feira (11). O confronto ocorreu na região da colônia Loreto, no departamento (equivalente a estado) de Concepción, a 200 km de Pedro Juan Caballero.
Munições e até uma grana foram apreendidas no local. Segundo a Força-Tarefa Conjunta, grupo de elite formado por militares das forças armadas e policiais, Antonio reagiu à ordem de prisão, por isso foi morto a tiros. Outros membros da organização que estavam com o líder terrorista conseguiram escapar, alertados pelos latidos de um cachorro que farejou a presença dos militares no meio da mata.
Antonio Bernal tinha contra si pelo menos 13 mandados de prisão por série de crimes, como assassinato, organização terrorista e sequestro. Era apontado como autor dos sequestros de Arlan Fick e do pecuarista Félix Urbieta, além de extorquir fazendeiros da região.
O promotor antissequestro Federico Delfino disse que o terrorista também é acusado pela execução do casal de alemães Robert Natto e Erika Reiser, em fevereiro de 2015.
Antonio Bernal e o irmão, Bernardo “Coco” Bernal Maíz, morto em 2014, também mataram a própria tia, segundo a polícia paraguaia. Em setembro de 2012, os dois, encapuzados, invadiram a propriedade da tia e a executaram a tiros na frente dos filhos. Depois colocaram uma granada na boca da vítima, supostamente porque a mulher havia passado informações para a polícia sobre o grupo terrorista.
A Agrupação Campesina Armada é um dos grupos terroristas presentes na região norte do Paraguai, onde fica a fronteira com Mato Grosso do Sul. O outro é o EPP (Exército do Povo Paraguaio), ligado à ACA.