Mais doze sacos de cabelos humanos são apreendidos na BR-419
Nos últimos meses, apreensões de cabelo humano no Estado chamaram atenção
Mais uma carga de cabelos sem documentação fiscal foi apreendida pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). O caso, divulgado à imprensa hoje, aconteceu na tarde deste domingo (20), em Anastácio, distante 135 quilômetros de Campo Grande.
Os policiais rodoviários federais fiscalizavam na BR-419, quando abordaram caminhonete Chevrolet S10 conduzida por uma condutora, que tinha como passageiras outras duas mulheres e uma menor de 18 anos.
Durante entrevista, os policiais avistaram várias sacolas dentro do veículo. Questionadas, uma das passageiras disse que dentro dos sacos estavam cabelos humanos, comprados em Corumbá. Como não tinham a documentação da mercadoria, as 12 sacolas com cabelos e o veículo foram apreendidos e levados para a Receita Federal em Campo Grande.
Produto valioso - Nos últimos meses, apreensões de cabelo humano em Mato Grosso do Sul chamaram atenção, três delas feitas em junho, julho e agosto, somam cerca de meia tonelada. Importação que, se feita ilegalmente, gera a perda da mercadoria considerada valiosa.
Em janeiro deste ano, 93 quilos de cabelo humano foram apreendidos na BR-262, próximo a Corumbá, com um motorista de aplicativo. Em junho, foram mais 428 quilos de cabelo humano apreendidos em Nova Alvorada do Sul, a carga foi avaliada em pelo menos R$ 1 milhão.
Já no mês de julho dois policiais, um civil e um militar, e um terceiro suspeito, que era monitorado por tornozeleira eletrônica, foram presos em Corumbá, por participarem de um assalto contra duas pessoas que estavam em veículo de aplicativo. Durante o assalto, foram levadas duas malas com cabelo humano avaliado em R$ 150 mil.
Neste mês uma nova carga foi retirada de circulação na BR-163, em Rio Brilhante. A cabeleira foi avaliada em R$ 374 mil.
Segundo o delegado substituto da Receita Federal de Mato Grosso do Sul, Zumilson Custódio da Silva, a apreensão de cabelo humano havia diminuído e agora voltou a ser mais frequente “talvez pela facilidade" de sermos vizinhos de países como Paraguai e Bolívia.
“A primeira questão que eu vou esclarecer é que todo e qualquer produto que circule dentro do Brasil de forma comercial ‘compra e venda’ tem que ter comprovação de origem. Ou ele é fabricado no Brasil, origem nacional, ou ele é importado regularmente”, pontua.
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