Mesmo com multidão nas ruas, prefeitura não vai fechar comércio
Ministério Público pediu anulação do decreto que flexibilizou medidas, mas Prefeitura de Dourados não vai seguir recomendação
A Prefeitura de Dourados não vai seguir a recomendação do Ministério Público para novo fechamento do comércio. Nesta semana, o órgão fiscalizador pediu a anulação do decreto que flexibilizou as medidas sanitárias e permitiu a reabertura das lojas e apontou falta de critérios técnicos na decisão tomada pela prefeita Délia Razuk (PTB).
“Não há motivo para fechar o comércio agora”, afirmou neste sábado o assessor especial do gabinete Alexandre Mantovani, representante da prefeita no comitê de combate ao novo coronavírus.
Em entrevista coletiva transmitida pelo Facebook, o assessor especial, que também é o atual presidente da Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), afirmou que as decisões para flexibilizar as restrições não foram aleatórias, mas com base em fontes científicas e técnicas, ditadas pelo comitê. “As diretrizes repassadas pelo comitê estão sendo cumpridas”, afirmou.
“Por ora não há motivo para o fechamento. Na segunda-feira será feita uma avaliação da situação. A preocupação do MP é com as medidas sanitárias e esses procedimentos estão sendo feitos”, declarou.
Segundo Mantovani, as filas nos bancos e no comércio devem-se à liberação da ajuda financeira de R$ 600 do governo federal e por causa das compras para a Semana Santa e Páscoa.
Na manhã de hoje houve grande aglomeração de pessoas no centro de Dourados, especialmente nas lojas de roupas da Avenida Marcelino Pires. Segundo Mantovani, o Sindicato dos Empregadores no Comércio já notificou os comerciantes para que adotem as medidas para evitar aglomerações e cumpram a determinação de atender com apenas 30% da capacidade.
O assessor da prefeita pediu para a população evitar o conhecido “bater perna no comércio” e disse que as lojas estão abertas com medidas de restrição para permitir às pessoas terem acesso a produtos necessários.
“Não adianta transferir à administração pública a responsabilidade que é de cada cidadão, como precaução, uso de proteção necessária e medidas de higiene. É importante que a população se conscientize e saia de casa estritamente o necessário”, disse Mantovani.