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Interior

MP investiga 8 "fura-filas" e improbidade administrativa

Enfermeira do município de Cassilândia pode ser condenada se casos forem confirmados

Lucia Morel | 12/04/2021 16:42
Profissional de saúde retirando dose do frasco da Coronavac. (Foto: Kísie Ainoã)
Profissional de saúde retirando dose do frasco da Coronavac. (Foto: Kísie Ainoã)

Depois do escândalo em Cassilândia com a aplicação da primeira dose de vacina contra covid-19 em dois adolescentes, nos dias 1º e 2 de fevereiro, o Ministério Público investiga mais casos de desvio dos imunizantes na cidade, preliminarmente confirmados pelo Conselho Municipal de Saúde.

Conforme ofício do Conselho ao MPMS em Cassilândia, além dos filhos da vereadora Sumara Leal (PDT), de 16 e 17 anos de idade, respectivamente, também receberam de forma irregular a dose da vacina, pelo menos mais seis pessoas, como servidoras municipais aposentadas, sendo uma dentista e uma veterinária, além de artesã do Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

Também receberam a vacina indevidamente, funcionários de funerárias locais que não lidam diretamente com os corpos, como administrativos, além de presidentes de entidades filantrópicas e instituições de longa permanência.

Enfermeira do município está sendo investigada, bem como os demais envolvidos. Segundo o Ministério Público, a profissional já foi ouvida em interrogatório e “foi confirmado o fornecimento irregular de vacinas a pessoas não atingidas pelo grupo prioritário”.

Segundo o promotor responsável, Pedro de Oliveira Magalhães, “o direcionamento das vacinas violando a ordem sequencial dos grupos prioritários caracteriza manifestamente ato de improbidade administrativa”.

Vale lembrar ainda que a Lei Estadual 5.636, prevê multa para quem furar fila e burlar a ordem de prioridade de vacinação. De acordo com o texto, se o imunizado não for servidor ou agente público a multa será de até 1.200 Uferms, o que equivale hoje a R$ 45.336, já se for a multa pode ultrapassar a R$ 90 mil, que é o correspondente a 2.400 Uferms.

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