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Interior

Narcotraficante “Cachorrão” está com cabeça a prêmio na fronteira

No fim de semana, polícia paraguaia prendeu três pistoleiros que planejavam matar Waldemar Pereira Rivas

Helio de Freitas, de Dourados | 15/05/2023 12:36
Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, quando foi preso, em 2020 (Foto: Arquivo)
Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, quando foi preso, em 2020 (Foto: Arquivo)

O narcotraficante brasileiro Waldemar Pereira Rivas, 41, o “Cachorrão”, foi sentenciado à morte pelos rivais e está com a cabeça a prêmio. A afirmação é do comissário Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional do Paraguai.

Considerado bandido extremamente violento, Rivas atua em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

Em 2020, ele foi preso como suspeito do assassinato do jornalista Leo Veras, mas em novembro do ano passado, foi absolvido por falta de provas e colocado em liberdade três dias depois, mesmo estando na “lista vermelha” de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Na madrugada de sábado (13), dois brasileiros e um paraguaio foram presos em Lambaré, cidade a 10 km da capital Asunción. Segundo a Polícia Nacional, os bandidos seriam pistoleiros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e tinham como missão assassinar “Cachorrão”.

“Não sabemos até agora onde está ‘Cachorrão’, mas sabemos que além da polícia, o grupo criminoso [PCC] também está atrás dele, para eliminá-lo”, disse o comissário.

No esconderijo foram presos os brasileiros Alcides Ramão Mendonça Sanches, 36, e Gabriel Pereira Ferreira, 28, além do paraguaio Francisco Brítez Silva, 30. Com eles foram apreendidas pistolas 9 milímetros, carregadores adicionais, munições, roupas táticas e um veículo.

Momento da prisão dos pistoleiros do PCC, sábado no Paraguai (Foto: Divulgação)
Momento da prisão dos pistoleiros do PCC, sábado no Paraguai (Foto: Divulgação)

Absolvido e solto – No dia 3 de novembro do ano passado, Waldemar Pereira Rivas foi absolvido, por falta de provas, da acusação de envolvimento no assassinato de Leo Veras. Menos de três horas após a decisão do Tribunal de Sentença, ele foi colocado em liberdade.

No mesmo dia, a Corte Suprema de Justiça anunciou que faria auditoria na absolvição, mas “Cachorrão” já tinha sido colocado em liberdade. Um dia após ele ser solto, o mandado de sua prisão para fins de extradição, expedido pela Justiça brasileira, apareceu no sistema da Polícia Nacional. O caso levantou suspeitas de que o mandado tinha sido removido temporariamente do sistema.

“Cachorrão” é procurado no Brasil por latrocínio (roubo seguido de morte), ocorrido em 30 de abril de 1998 em Dourados. O crime foi praticado por jovem brasileiro de 18 anos, tendo como vítima o douradense Nilson Soares, 25. Waldemar Rivas foi preso dois anos depois em território paraguaio com a moto levada no assalto.

Em 2008, ele foi extraditado para o Brasil para cumprir a pena por envolvimento no latrocínio e saiu em regime semiaberto em 2012. Entretanto, descumpriu o regime e voltou para Pedro Juan Caballero. Nos últimos anos, colecionou várias prisões e virou faccionado do PCC. Agora, a própria facção teria ordenado sua morte.

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