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Interior

No "estilo Roger Abdelmassih", médico é investigado por estuprar 20 pacientes

Segundo delegado, criminoso escolhia mulheres jovens, bonitas e agia durante consultas

Clayton Neves e Geisy Garnes | 29/07/2021 16:09
Crimes aconteceram em Costa Rica, onde psiquiatra trabalhava na rede púlica. (Foto: Fotos: Edemir Rodrigues)
Crimes aconteceram em Costa Rica, onde psiquiatra trabalhava na rede púlica. (Foto: Fotos: Edemir Rodrigues)

Há cerca de 40 dias a Polícia Civil de Costa Rica investiga um psiquiatra que trabalhava na rede pública da cidade, suspeito de estuprar e importunar sexualmente de, aproximadamente, 20 pacientes. Segundo apurado até agora, o homem sempre escolhia vítimas com o mesmo perfil: mulheres jovens, bonitas e psicologicamente frágeis, algumas delas, em tratamento para se livrar de traumas provocados por estupros anteriores.

De acordo com o delegado Caique Ducatti, responsável pelo caso, os crimes eram cometidos no “estilo Roger Abdelmassih”, ex-médico condenado por estuprar dezenas de pacientes sob efeito de sedativos. Durante as consultas, o criminoso se aproveitava do estado indefeso das mulheres para conduzi-las a situação de abuso sexual. “As duas principais linhas de investigação são de crimes de estupro e violação sexual mediante fraude, já que ele se aproveitava da condição que tinha sobre elas”, explica.

Entre as pacientes, pessoas que procuravam o criminoso para tratar traumas de infâncias, distúrbios mentais e até doenças psiquiátricas provocadas por estupros. “Elas o procuravam para ter ajuda e acabavam sendo abusadas”, conta o delegado.

 A Polícia Civil identificou que, inclusive, adolescentes a partir de 14 anos foram alvos do médico. Até agora, pelo menos 10 mulheres já prestaram depoimento e outras ainda serão ouvidas. “Já ouvimos muitas dessas mulheres. Infelizmente, algumas não querem se expor e preferiram não falar”, completa.

Assim que o caso veio à tona, a Prefeitura de Costa de Rica demitiu o psiquiatra, que foi embora da cidade. “O município tomou essa cautela e suspendeu o contrato. Também tivemos a informação de que ele se mudou”, finaliza.

O caso segue sob investigação e o inquérito deve ser encerrado nas próximas semanas. Para proteger as vítimas, a polícia não divulgará detalhes dos crimes até o fechamento das apurações.


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