Condenado a 48 anos é recapturado por estupros em clínicas e escola em MS e SP
Homem cometeu crimes em SP e MS, onde abordava mulheres que estavam sozinhas nos locais
A Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande, prendeu Rosivaldo Martins Ruiz, 59 anos, condenado por roubo, estupro e atentado violento ao pudor cometidos em São Paulo e Campo Grande que somam 48 anos de prisão.
O homem tem pena total de 48 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, sendo que restam, ainda, 23 anos de detenção a cumprir. De acordo com a Polícia Civil, ele era foragido da Justiça desde 2020, tendo se refugiado em Ribas do Rio Pardo.
Na investigação, a polícia descobriu que ele estaria escondido em quitinete no bairro São José, naquele município. Na abordagem, ele ainda tentou dar outra identidade, mas, sendo confrontado, admitiu quem era.
As condenações referem-se a crimes cometidos em Avaré (SP) em Campo Grande, em 1992 a 2005, quando havia no Código Penal a tipificação de ato libidinoso diferente de conjunção carnal. A partir da lei 12.015/09 ampliou o conceito de estupro, abrangendo esses casos também.
A polícia não divulgou o nome do preso, mas a reportagem apurou se tratar do autônomo Rosivaldo Martins Ruiz, o "Diba", nascido em Avaré (SP).
Na ficha dele, consta estupro e roubo ocorrido em 18 de julho de 1992, em escola no município de Avaré, onde ele havia trabalhado. Naquele dia, pediu à faxineira para entrar no prédio e usar o telefone. Como era conhecido, ela permitiu. Ruiz a rendeu cometeu violência sexual, além de roubar, à época, 35 mil cruzeiros. Neste caso, foi condenado a pena de 16 anos, em regime semiaberto, mas, depois, a sentença foi reformada e chegou a 20 anos e 4 meses.
Já em Campo Grande, foram dois crimes semelhantes aos cometidos em Avaré. No dia 20 de abril de 2005, se passou por pintor e foi a clínica de reabilitação no Jardim dos Estados, alegando que havia sido chamado para fazer orçamento.
A funcionária tentou ligar para a médica para saber do orçamento, pois não havia sido informada de nada, momento em que ele arrancou o telefone, trancou a porta e retirou arma para rendê-la. Empurrou a mulher para o banheiro, mandou que ela o tocasse e praticasse sexo oral. A mulher implorou e ele mandou que ela se vestisse, trancando-a no banheiro, e roubou rádio e a bolsa da vítima. Neste processo, também anterior à legislação, foi denunciado por ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Foi condenado a 11 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado.
Desde os crimes, acabou sendo beneficiado com a progressão da pena, passando para o regime semiaberto, fugindo.