Polícia acha roupas e identifica "pistoleiro solitário" que matou radialista
Mauricio Miguel Recalde Argüello é procurado em Ponta Porã
A polícia paraguaia apontou Mauricio Miguel Recalde Argüello, 26, como o principal suspeito de ter assassinado o radialista Humberto Coronel, 33, na tarde de terça-feira (6) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.
Mauricio está sendo procurado pela polícia da fronteira e a mulher dele, a brasileira Vanessa de Almeida Santos, foi presa. Os investigadores descobriram que o suspeito estava em casa até 2h da madrugada de hoje (9), mas saiu após receber ligação.
Vanessa disse aos policiais que o marido teria fugido para a casa do irmão dela em Ponta Porã. A polícia paraguaia pediu ajuda à polícia brasileira para tentar localizar o criminoso.
Roupas e uma moto, semelhantes às usadas pelo atirador, foram apreendidas durante a série de buscas feitas na manhã de hoje pela força-tarefa formada pela Polícia Nacional e o Ministério Público do Paraguai.
Jaqueta preta, par de tênis e calça jeans foram encontrados. Imagens captadas por câmeras de segurança mostram que o assassino de Humberto Coronel usava roupas idênticas. Celulares também foram apreendidos.
Segundo policiais da fronteira, Mauricio Recalde seria o “pistoleiro solitário”, autor de vários assassinatos nos últimos anos em Pedro Juan Caballero. O apelido se deve ao fato de o criminoso agir sempre sozinho, ao contrário de outros matadores da fronteira que andam sempre em dupla.
Em 2019, Mauricio foi apontado como autor do assassinato do médico José Marcial Centurión Cáceres, 50. O profissional foi morto por pistoleiro de moto no dia 11 de junho daquele ano momento em que deixava a sede do IPS (espécie de INSS) em Pedro Juan Caballero.
O pistoleiro chegou a ser preso como suspeito de ter executado o médico, mas por falta de provas foi solto. Atualmente ele vinha sendo procurado pela Justiça paraguaia acusado de outros crimes na fronteira.
Mauricio também é apontado como executor de Rodrigo Maldonado Fernandez, 26, morto alguns antes do médico. Apontado como assaltante de caminhonetes na fronteira, Rodrigo foi morto a tiros dentro de açougue em Pedro Juan Caballero.