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Interior

Polícia apreende Jaguar de casal que aplicava golpes usando nome da Caixa

SUV avaliado em pelo menos R$ 240 mil teria sido comprado com dinheiro de estelionato

Por Helio de Freitas, de Dourados | 01/11/2023 10:15
Jaguar E-Pace 2018, apreendido e levado para a delegacia de Dourados (Foto: Divulgação)
Jaguar E-Pace 2018, apreendido e levado para a delegacia de Dourados (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil apreendeu nesta terça-feira (31), em Dourados, o Jaguar E-Pace azul, ano 2018, pertencente ao casal Alessandro Soares, 47, e Francielle Ketelyn de Almeida, 26. O SUV importado é avaliado em pelo menos R$ 240 mil.

Os dois são acusados de aplicar golpes contra empresários e produtores rurais da região de Dourados prometendo liberação de financiamentos milionários através de linhas de crédito da Caixa Econômica Federal.

Alessandro e Francielle foram presos em flagrante no dia 2 de outubro no momento em que aplicavam golpe em empresário de Dourados, prometendo liberar R$ 59 milhões com juros baixos e sem garantias.

No dia 10, o juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal, concedeu prisão domiciliar para Francielle, mas Alessandro continua preso. A defesa do casal também pediu que ele fosse colocado em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado segunda-feira (30).

Segundo a Polícia Civil, existem indícios de que o Jaguar tenha sido comprado com dinheiro dos golpes. Diante das evidências, os investigadores pediram o sequestro do veículo. A ordem judicial foi cumprida ontem e o carro levado para a 1ª Delegacia de Polícia.

A investigação mostrou até agora que o casal se passava por correspondente bancário e teria aplicado diversos golpes na região. Na posse deles, foram encontradas cédulas de crédito bancário da Caixa que totalizam mais de R$ 2 bilhões. Os documentos eram falsos, segundo o banco. Segundo a polícia, o Jaguar vai ficar à disposição da Justiça, para ser usado em eventual reparação dos danos às vítimas.

Em depoimento no dia em que foram presos, os dois mantiveram a versão de que as transações eram legais e negaram cobranças indevidas. Alessandro afirmou que trabalha com financiamentos desde maio de 2022 e sua esposa é amiga da filha “dos diretores da Caixa”. Segundo ele, como ela possui especialização na área, essa amiga passou “algumas propostas” para que Francielle ajustasse os projetos.

Afirmou que Francielle teria recebido 47 projetos de pessoa de dentro da Caixa e que a mulher, após treinamento, começou a fazer os projetos de forma autônoma. Até junho deste ano, ela teria feito oito projetos, cobrando valor de R$ 110 mil por projeto.

Sobre as cédulas de crédito apreendidas na casa, Alessandro afirmou que são fornecidas pela Caixa Econômica através de um link. Em relação aos projetos que teriam sido feitos pela mulher, alegou que o funcionário da Caixa com quem mantinha contato teria se apropriado do dinheiro.

Francielle também mantém a versão de que todas as operações eram legais. Afirmou ser projetista habilitada em financiamento e que o valor cobrado do empresário (R$ 110 mil) era referente à elaboração do suposto projeto. Ela afirmou não saber se seus outros “clientes” receberam os supostos financiamentos.

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