Polícia Federal faz novas buscas contra fraudadores do auxílio emergencial
Na 2ª fase de operação, Justiça bloqueou R$ 1 milhão de dois beneficiários das fraudes
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25) a 2ª fase da Operação Contritio Fiduciae, que desde junho deste ano investiga autores de fraudes milionárias contra o auxílio emergencial, pago pelo governo federal em 2020 e 2021 por causa da pandemia de covid-19.
Os alvos hoje são dois indivíduos apontados como os maiores beneficiários das fraudes. Os nomes deles não foram divulgados.
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Nova Andradina, a 298 km de Campo Grande. Além das buscas, a Justiça Federal em Dourados autorizou o bloqueio patrimonial de bens e valores até o limite de R$ 1 milhão.
Conforme a Polícia Federal, a investigação demonstrou que o esquema criminoso gerou dezenas de benefícios fraudulentos, revertidos em favor da funcionária terceirizada da CEF e de terceiros, dentre eles os dois homens que são alvos das buscas de hoje. O valor total do prejuízo à União ainda está sendo apurado.
Os investigados podem ser condenados por peculato, modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, estelionato e associação criminosa.
O nome da operação é alusão à quebra de confiança em que agiu a principal investigada, ao utilizar a senha de funcionário da Caixa para invadir a área restrita do banco e modificar dados para cometer as fraudes.
A funcionária terceirizada, cuja identidade também é mantida em sigilo, foi alvo da primeira fase da operação, no dia 28 de junho, em Ivinhema, cidade a 289 km da Capital e vizinha de Nova Andradina. Ela também teve R$ 1 milhão confiscados pela Justiça.
No dia 12 de julho, a PF fez buscas na casa de outro suspeito de se beneficiar das fraudes, residente em Batayporã. Ele foi apontado como responsável por diversas fraudes ao sistema Caixa Tem, desviando valores de terceiros por meio de boletos e de transferências para contas criadas para o golpe.