Polícia identifica suspeito de matar homem durante briga de trânsito em Bonito
Thiago dos Santos Freitas, 34 anos, morreu na madrugada do dia 1º durante viagem em família
Polícia Civil identificou o suspeito de matar Thiago dos Santos Freitas, de 34 anos, na madrugada do dia 1º de janeiro, em Bonito, a 297 quilômetros de Campo Grande. A identidade não foi divulgada pela polícia, apenas que ele também não é bonitense e já retornou para a cidade natal.
Thiago estava em férias com a família durante o Ano-Novo quando se afastou do grupo para ir buscar uma caminhonete. Conforme informações do delegado responsável, Daniel Pirró Cerzósimo, ele realizou uma manobra perigosa que incomodou o suspeito.
O homem seguia a pé com os familiares pela Rua 24 de Fevereiro, no Centro de Bonito, quando começou a discutir com Thiago. O motorista desceu do automóvel para conversar com o grupo, mas retornou para o veículo e andou alguns metros.
No entanto, parou em uma esquina e desceu novamente da caminhonete, voltando para discutir com o grupo. Foi quando o suspeito atirou duas vezes contra a cabeça de Thiago. Ele foi encontrado já sem vida deitado ao lado do veículo.
Ele deixou a esposa e dois filhos, um de 10 e outro de 6 anos. Ele foi velado na tarde de ontem (1º), em Campo Grande, onde morava. Na memória da mãe, ficaram as lembranças de uma linda queima de fogos, mas logo sucedida pelo desaparecimento do filho, que só tinha se afastado da família para buscar um veículo. Depois, soube que Thiago já estava morto.
“É um sentimento que nem consigo transformar em palavras. Uma mistura de dor, raiva e saudades. Ele não era só um filho, mas braço direito, braço esquerdo, as pernas”, descreve Cristina Correa, 49 anos, na tentativa de explicar o tamanho da sua perda.
O pai de Thiago, Francisco Freitas, conhecido como Chiquinho, disse que ainda não teve coragem para contar aos netos que eles não têm mais o pai. "Se fosse para andar de bicicleta no parque era o pai, se fosse pra brincar na rua era o pai. O pai era tudo para os meus netos. Pra mim não existe mais ano novo, não tinha jeito pior para o ano começar”, lamentou.
Ele conduziu pelo cortejo em homenagem a Thiago a caminhonete com marcas de tiros onde o filho estava quando foi morto.
A Polícia Civil está investigando o caso, que foi registrado como homicídio simples.
