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Interior

Polícia liga sequestro de vendedor de joias ao tráfico e prostituição

Paras policiais que atuam no caso, Roney Fernandes Romeiro está morto; objetivo agora é localizar o corpo e prender criminosos

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2019 09:31
O vendedor de joias Roney Romeiro em foto divulgada em sua rede social um dia antes de ser sequestrado (Foto: Reprodução/Facebook)
O vendedor de joias Roney Romeiro em foto divulgada em sua rede social um dia antes de ser sequestrado (Foto: Reprodução/Facebook)

A polícia investiga ligação do crime organizado da fronteira no sequestro do vendedor de joias Roney Fernandes Romeiro, 35, ocorrido na manhã de domingo (18) no centro de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande. Para policiais que atuam no caso, Roney foi executado e o objetivo agora é localizar os restos mortais e prender os criminosos.

Roney foi arrancado do carro em que estava com os pais. Os sequestradores estavam em uma caminhonete Toyota Hilux branca sem placa e perseguiram o carro de Roney, um Gol branco.

Na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Hotel Pousada do Bosque, a Hilux entrou na frente o carro. Um homem desceu armado com fuzil e obrigou o vendedor de joias a entrar na caminhonete. Os pais de Roney foram deixados pelos sequestradores.

Policiais da fronteira já levantaram informações de que Roney, além de vender joias para traficantes e arrastadores de veículos, era contratado por chefes de quadrilhas para organizar festinhas com garotas de programa.

O Campo Grande News apurou que o principal suspeito de ter ordenado o sequestro e morte de Roney é o chefe de uma quadrilha que atua no tráfico e no roubo de caminhonetes, conhecido na fronteira como “Cachorrão”.

Outra informação já do conhecimento da polícia é de que também teria partido de Cachorrão a ordem para a execução do operador de telemarketing e motorista de aplicativo Adolfo Gonçalves Camargo, 31.

Levado de sua casa no Bairro da Granja por homens armados no início da noite de sexta-feira (16), Adolfo foi encontrado esquartejado horas depois. O corpo foi dividido em três sacos de plástico preto, jogados no distrito de Sanga Puitã, a 15 km de Ponta Porã.

Fonte da área policial revela que Adolfo ajudava Roney a organizar as festinhas para os chefes do crime organizado em chácaras de alto padrão da fronteira. “Eles certamente foram acusados de fazer alguma coisa para esse Cachorrão, que ordenou a morte dos dois”.

A polícia ainda tenta localizar uma mulher identificada apenas como Bruna, que seria uma das garotas de programa do esquema e namorada do bandido Cachorrão.

Depois do sequestro, no domingo, a mãe de Roney disse que na noite de sábado ele tinha saído de casa para cobrar a dívida de uma cliente que havia comprado joias.

Horas antes de ser levado pelos bandidos, Roney contou para a mãe que teria agredido a mulher, supostamente a mesma Bruna, namorada do chefe do crime. Entretanto, a polícia acredita que esse não seria o motivo para as duas mortes, já que a suposta agressão ocorreu no sábado, um dia após Adolfo ser esquartejado.

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