Polícia segue sem pistas de vendedor de joias sequestrado na fronteira
Roney Fernandes Romeiro foi levado por bandidos armados na frente dos pais há quase 24 horas em Ponta Porã
Quase 24 horas depois do sequestro do vendedor de joias Roney Fernandes Romeiro, 35, a polícia da fronteira segue sem pistas de seu paradeiro. Ele foi arrancado do carro em que estava com os pais na manhã de ontem (18) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Os sequestradores estavam em uma caminhonete Toyota Hilux branca sem placa e perseguiram o carro de Roney, um Gol branco.
Na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Hotel Pousada do Bosque, a Hilux entrou na frente o carro. Um homem desceu armado com fuzil e obrigou o vendedor de joias a entrar na caminhonete. Os pais de Roney estavam no carro, mas foram deixados pelos sequestradores.
De acordo com a polícia, não houve qualquer contato dos sequestradores com a família do rapaz. A mãe de Roney disse que na noite de sábado ele tinha saído de casa para cobrar a dívida de uma cliente que havia comprado joias. Na manhã de ontem, Roney contou para a mãe que teria agredido a mulher, identificada como Bruna.
A reportagem apurou que existem suspeitas de ligação entre o sequestro de Roney e a execução do operador de telemarketing e motorista de aplicativo Adolfo Gonçalves Camargo, 31.
Na sexta-feira (16), Adolfo foi sequestrado por homens armados com fuzis em sua casa, no Bairro da Granja, e logo em seguida encontrado esquartejado no distrito de Sanga Puitã, a 15 km de Ponta Porã. Partes do corpo estavam em três sacos plásticos pretos.
Ontem, o jornal paraguaio ABC Color informou que a polícia do país vizinho suspeita de ligação da morte de Adolfo com a apreensão de 51 quilos de cocaína na quarta-feira (14) em Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã apenas por uma rua.
A droga estava com o brasileiro Ronny Von Gonçalves Silva. Segundo o ABC, jornal mais influente do Paraguai, Adolfo teria denunciado o traficante.
Em redes sociais e nos comentários feitos no site do jornal, moradores de Pedro Juan acusam policiais paraguaios de terem revelado aos traficantes a identidade do autor a denúncia.