Por segurança, adolescentes não serão mais transferidos para Campo Grande
Segundo a superintendente de Assistência Sócioeducativa, Carmem Lígia Loureiro Carmello, novo local também não será divulgado
Os dois internos suspeitos de matar o interno Jean Carlos Guanes, de 18 anos, na madrugada deste domingo (05) não serão mais transferidos para a Capital. O motivo foi repercussão negativa e a preocupação com a segurança dos jovens. Os três adolescentes cumpriam medidas sócio-educativa na Unei Pantanal (Unidade Educacional de Internação), em Corumbá – distante 419 km de Campo Grande.
A superintendente de Assistência Sócioeducativa, Carmem Lígia Loureiro Carmello, afirmou que nem o novo local nem o horário da transferência serão divulgados. “Apesar do que eles fizeram é necessário zelar pela integridade desses meninos”, explica.
De acordo com ela, também não foi definido se os dois internos ficarão na mesma unidade ou se serão separados. “Tudo dependerá de como será a recepção destes jovens quando chegarem na Unei. Precisamos ter cautela”, reforça a superintendente.
Sobre a instauração de uma sindicância, Carmem afirmou que não foi descoberta nenhuma novidade para incluir no caso, mas que as investigações continuarão.
Indignada com a morte do irmão, Karla Guanes Cunha afirma que até agora não houve qualquer explicação por parte da Unei sobre a morte do irmão e que a notícia foi dada com total descaso “Simplesmente ligaram e disseram para minha mãe que haviam mato o filho dela”, relembra.
Segundo Karla, a única informação que tiveram sobre a morte do irmão é que ele havia sido asfixiado por dois internos na madrugada, no entanto, para a família, a história está incompleta. “O velório teve que ser com o caixão fechado de tanto que o rosto do meu irmão estava desconfigurado. E o pior é que eles tiraram fotos do meu irmão morto e enviaram por whats pra todo mundo. As imagens estão rodando e são horríveis”, lamenta.
