Com MS na disputa, Senado e Câmara definem presidentes
No Senado, favorito é Davi Alcolumbre (União-AP); na Câmara, o escolhido deve ser Hugo Motta (Republicanos-PB)
Neste sábado (1º), deputados e senadores elegem os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que conduzirão os trabalhos legislativos no período de 2025 a 2027. As votações serão secretas, conforme determina a Constituição e os regimentos internos de cada Casa.
RESUMO
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O Congresso Nacional realiza neste sábado (1º) as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. No Senado, com votação marcada para as 10h, o favorito é Davi Alcolumbre (União-AP), que conta com amplo apoio partidário, incluindo PT e PL. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é uma das candidatas, mas enfrenta resistência até mesmo dos colegas sul-mato-grossenses Nelsinho Trad e Tereza Cristina. Na Câmara, cuja eleição ocorre às 16h, Hugo Motta (Republicanos-PB) surge como favorito com apoio de 18 partidos. Dos oito deputados de MS, cinco já declararam apoio a Motta, enquanto Marcos Pollon (PL) indica voto em Marcel van Hattem (Novo-RS). As votações são secretas e os eleitos comandarão as casas legislativas até 2027.
A sessão no Senado está marcada para as 10h, enquanto na Câmara a escolha ocorrerá às 16h. No Senado, o favorito é Davi Alcolumbre (União-AP), que conta com apoio de partidos de diferentes espectros ideológicos, como PT e PL, além de MDB e PSD, legendas com as maiores bancadas. Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) é apontado como o nome com maior apoio, respaldado por 18 partidos, incluindo também PL e PT.
Apesar do favoritismo de Alcolumbre, a senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (Podemos-MS) oficializou sua candidatura à presidência do Senado. Além dela, também estão na disputa seu colega de partido Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP).
Soraya, no entanto, enfrenta resistência dentro de seu próprio partido e não tem apoio nem dos colegas de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP), que seguirão a orientação partidária e votarão em Alcolumbre.
Com a eleição de Alcolumbre encaminhada, Nelsinho Trad é cotado para assumir a presidência da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado. Ele substituirá o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que deve migrar para o comando da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Trad já ocupou a presidência da CRE entre 2019 e 2020 e será o único representante de Mato Grosso do Sul no comando de comissões nesta nova legislatura.
A última sul-mato-grossense que entrou na disputa pelo poder máximo no Senado foi Simone Tebet (MDB), em 2021, sendo a primeira mulher da história a disputar o cargo. Na ocasião, MDB deixou de apoiar oficialmente a senadora, que mesmo assim decidiu manter sua candidatura de forma independente. Simone recebeu 21 votos, perdendo para Rodrigo Pacheco (DEM-MG), atual presidente e hoje no PSD, que recebeu 57 votos.
Na Câmara dos Deputados, a eleição também parece definida em favor do deputado paraibano Hugo Motta. Ele tem apoio de partidos de diversos partido e enfrenta oposição de Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS), que também são candidatos, mas que não possuem tanto apoio.
Dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul, cinco já declararam apoio a Motta: Camila Jara (PT), Vander Loubet (PT), Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Geraldo Resende (PSDB). Todos seguirão as orientações de seus partidos, que fecharam apoio ao republicano.
"A gente entende que o Hugo vai estabelecer uma presidência que vai avançar e retomar alguns compromissos para a redemocratização da casa, estabelecendo prazos para sessões, divulgando antes o que vai ser projeto de votação, esse foi o compromisso que ele colocou, de fazer uma gestão mais democrática possível e como existe a possibilidade de eu assumir uma comissão eu vou seguir a orientação do partido", confirmou a deputada Camila Jara (PT).
“Há muito tempo já foi decidido que iríamos apoiar o Hugo Motta, vamos seguir essa orientação. De qualquer forma, com a quantidade de partidos que estão apoiando, o Hugo Motta vai ser o próximo presidente, isso já tá definido”, afirmou Geraldo Resende.
Sobre a possibilidade de Mato Grosso do Sul ocupar cargos na Mesa Diretora da Câmara, Resende destacou que o Estado tem poucos representantes, mas não descartou a chance de garantir uma suplência horas antes da votação.
“O Estado não tem número de deputados suficientes para pleitear nomes na mesa, mas no ano passado tivemos uma suplência com o Beto Pereira. Então vamos ver se vai ter esse espaço, temos articulação para tentar uma suplência novamente, mas isso só vai ser definido amanhã”, disse.
Apesar de o PL também ter declarado apoio à candidatura de Motta, os deputados Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) resistem em seguir a orientação partidária. Pollon indicou que deve votar em Marcel van Hattem, com quem tem relação de amizade. Em suas redes sociais, Pollon elogiou o candidato do Novo: “O Marcel é um cara fora da curva, espetacular”.
Já Rodolfo Nogueira preferiu não antecipar seu voto e disse que aguardará uma reunião da oposição com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ocorrerá poucas horas antes da eleição. “Amanhã terá uma reunião com a oposição e o Presidente Bolsonaro para definir qual será nosso caminho”, afirmou.
O deputado Luiz Ovando (PP) também não confirmou se seguirá a orientação do partido, que declarou apoio a Motta.
Rito no Senado - A eleição da Mesa Diretora do Senado ocorrerá no sábado (1º), com a sessão marcada para iniciar às 9h (horário de MS). Na ocasião, os senadores escolherão o novo presidente da Casa.
O mandato da nova gestão será de dois anos, com a próxima troca prevista para 2027, após a posse dos senadores. A Mesa Diretora tem a função de coordenar os trabalhos legislativos, e o presidente eleito assume automaticamente a presidência do Congresso Nacional.
Atualmente, o Senado é presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que conduzirá a sessão. Para que a reunião tenha início, é exigida a presença de pelo menos 14 senadores. Já a votação requer a participação mínima de 41 parlamentares, número que representa a maioria absoluta dos 81 senadores.
A votação será secreta, presencial e feita por meio de cédulas de papel, diferentemente da Câmara, onde a eleição ocorre por urna eletrônica. Não há um horário pré-determinado para a conclusão do processo.
Rito na Câmara - A eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ocorrerá neste sábado (1º), com a sessão iniciando às 15h (horário de MS), seguindo um cronograma estabelecido pelo regimento interno da Casa. A reunião será conduzida pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), e terá caráter de sessão preparatória, necessitando da presença mínima de 51 deputados para começar.
Os 513 deputados federais irão eleger o próximo presidente e os outros 10 membros da Mesa Diretora, incluindo titulares e suplentes. A votação exigirá a presença de pelo menos 257 deputados, número que corresponde à maioria absoluta da Casa e é suficiente para garantir a vitória no primeiro turno. O processo será secreto, presencial e realizado por meio de urna eletrônica.
Antes da eleição, os deputados deverão formar os blocos parlamentares, com prazo para fazê-lo até as 8h de sábado. Às 10h, os líderes dos blocos se reunirão para definir os cargos da Mesa, uma negociação que já está em andamento há alguns dias. Os parlamentares terão até as 12h30 para registrar suas candidaturas. O último passo será a abertura oficial da sessão preparatória, às 16h. Assim como no Senado, não há horário para terminar.